Avaliação do potencial genetóxico do clareamento dental em pacientes com diferentes faixas etárias: estudo clínico controlado
Coêlho APS, Damasceno MES, Freire RC, Rodrigues SGQ, Martins LM, Silva LM, Libório-Kimura TN, Pereira JV
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo clínico controlado avaliou o potencial genotóxico do clareamento dental de consultório em pacientes com diferentes faixas etárias. Vinte e três voluntários de ambos os sexos, foram divididos em dois grupos: G1 - pacientes com idade entre 14-18 anos e G2 - pacientes com idade entre 31-50 anos. Os pacientes foram submetidos a duas sessões de clareamento de consultório, com intervalo de 7 dias, com de peróxido de hidrogênio a 35%, durante 40 minutos. O tecido gengival foi isolado com barreira de proteção gengival. O teste de micronúcleos e as alterações celulares (cariólise, cariorrexis, picnose, células binucleadas, botão nuclear, e cromatina condensada) foram realizados a partir da contagem de 2000 células em três tempos: antes do procedimento clareador (T0), imediatamente após o fim do tratamento (T14) e 30 dias após o final do tratamento (T30). Os dados, entre os dois grupos em cada intervalo de tempo (T0, T14 e T30), foram avaliados com o teste de Mann-Whitney e entre cada grupo, nos diferentes intervalos de tempo, com o teste de Friedman. A contagem de micronúcleos não indicou potencial genotóxico nos grupos estudados (p>0,05), independente dos tempos analisados (p>0,05). Houve diferença significante para a presença de células binucleadas em pacientes do G1 (p=0,02) e entre os grupos no T30 (p=0,00). O clareamento com peróxido de hidrogênio a 35% com o uso de barreira gengival não apresenta potencial genotóxico para o marcador micronúcleo. As células binucleadas foram mais frequentes em pacientes com idades entre 14 e 18 anos e 30 dias após o clareamento dental. (Apoio: CNPq N° 122213/2019-0)PI0024 - Painel Iniciante
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7 - Patologia Oral
Ácido Ursólico Reduz Severidade da Osteonecrose dos Maxilares Induzida por Ácido Zoledrônico em Ratos
Coelho LMC, Carvalho LM, Barbosa JV, Sousa FB, Mesquita KC, Dantas TS, Silva PGB
CENTRO UNIVERSITÁRIO CHRISTUS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar a influência do tratamento de Ácido Ursólico (AU) na severidade de Osteonecrose dos Maxilares (OM) induzida por Ácido Zoledrônico (AZ) em ratos. Foram utilizados 50 ratos machos Wistar divididos em um grupo controle negativo (GCN) (0,1ml/kg de solução salina estéril), um grupo controle positivo (GCP) (AZ, 0,20 mg/kg) e três grupos testes tratados com AZ 0,20 mg/kg e AU 10 (GTA10), 20 (GTA20) ou 40 (GTA40) mg/kg por gavagem a cada três dias do início do protocolo até a eutanásia. Após três administrações semanais consecutivas (dias 0, 7 e 14) do AZ (i.v.), foi realizada exodontia do 1° molar inferior esquerdo (dia 42), administração de dose adicional de AZ (dia 49) e eutanásia após 28 dias da exodontia (dia 70) . Um mês após a exodontia, ocorreu a eutanásia dos animais para obtenção de hemimandíbulas para análise radiográfica (área sugestiva de OM) e histológica (contagem de lacunas de osteócitos viáveis, osteoclastos apoptóticos e células inflamatórias polimorfonucleares e mononucleares). ANOVA/Bonferroni foi utilizado (p<0.05, GraphPad Prism 5.0). Radiograficamente houve redução da área sugestiva de OM nos animais tratados com AU (p=0,015) e a maior dose de AU reverteu o percentual de lacunas de osteócitos inviáveis (p=0,007). O tratamento com AU mostrou redução significante do número de células inflamatórias polimorfonucleares (p<0,001), percentual de osteclastos apoptóticos (p<0,001) e número de células inflamatórias mononucleares (p<0,001). O tratamento com AU se mostra promissor na redução da severidade da OM induzida por AZ.PI0025 - Painel Iniciante
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7 - Patologia Oral
Frequency of benign and malignant oropharyngeal lesions associated with human papillomavirus over 40 years
Aguiar TM, Guieiro RS, Costa AAS, Bergo BR, Vargas MT, Tavares TS, Ferreira de Aguiar MC, Caldeira PC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
The objective was to assess the frequency of benign and malignant oropharyngeal lesions associated with human papillomavirus infection submitted to histopathological exam over the past 40 years. A retrospective study was performed. Lesions diagnosed as squamous papilloma, condyloma acuminatum, verruca vulgaris, and squamous cell carcinoma localized at the base of the tongue, soft palate, and tonsils were retrieved from the files of an Oral Pathology Service from 1973 to 2018. Descriptive statistics was done. 382 lesions were retrieved among 31,728 histopathological exams (1.20%), being 106 squamous papilloma, 11 verruca vulgaris, 1 condyloma acuminatum, and 264 squamous cell carcinoma. The relative frequency increased from 0.00% (1973-1985), 0.07% (1984-1995), 0.67% (1996-2007), to 2.02% (2008-2018). The frequency of benign and malignant oropharyngeal lesions associated with human papillomavirus submitted to histopathological exam increased through the last 40 years. (Apoio: CNPq N° #405585/2018-7 | CAPES N° 001 | FAPs - Fapemig N° APQ-01700-16)PI0026 - Painel Iniciante
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7 - Patologia Oral
Avaliação da qualidade de vida e alterações orais de pacientes em radioterapia em cabeça e pescoço: estudo observacional
Silva ES, Cardoso ACC, Guimarães DM, Nunes FD
Patologia Oral - CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A radioterapia (RT) é desafiada pelos efeitos colaterais agudos e tardios da irradiação local, os quais podem prejudicar a integridade dos órgãos vitais, atingindo o estado de saúde geral do paciente. Assim, a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) pode ser afetada pelo tratamento do Câncer de Cabeça e Pescoço (CCP). Esse trabalho objetiva identificar as principais alterações orais relacionadas a RT de cabeça e pescoço, os fatores que interferem na QVRSB e relacionar a quantidade de sessões com a presença das manifestações orais. Trata-se de um estudo observacional e longitudinal com 16 pacientes, selecionados de forma randomizada, diagnosticados com CCP e submetidos ao tratamento oncológico no Hospital Ophir Loyola, em Belém-Pará. Para analisar a QVRSB, foi aplicado uma vez por semana, durante 4 semanas, o questionário da Avaliação de Qualidade de vida da Universidade de Washington (UW-QOL) e, para observar as alterações orais, aplicou-se uma ficha clínica odontológica padronizada pelos pesquisadores. Como resultados, a hipossalivação, trismo e mucosite oral foram as principais manifestações orais observadas. O UW-QOL apresentou dor, mastigação e paladar como as principais queixas relatadas, entretanto, a aparência, a salivação e a mastigação demonstraram diferenças significativas ao longo das semanas. Portanto, os efeitos colaterais advindos da radioterapia e suas limitações físicas e psicoemocionais impactam a QVRSB dos pacientes oncológicos irradiados em cabeça e pescoço, no que se refere às queixas de aparência, mastigação e salivação.PI0027 - Painel Iniciante
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7 - Patologia Oral
Prevalência de lesões em língua
Pasetto JJ, Batistella EA, Gondak R, Rivero ERC, Silva CAB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento epidemiológico das lesões localizadas em língua diagnosticadas em um Laboratório de Patologia Bucal. O levantamento de dados foi feito através das fichas de biópsia e laudos histopatológicos das lesões no período entre 2006 e 2021. As lesões localizadas na língua corresponderam a 11,77% (n=505) de todos os casos diagnosticados no período. Estas foram mais frequentes na faixa etária entre 50 e 69 anos (41,38%) e apresentaram uma prevalência discretamente maior no sexo feminino (46,53%) do que no masculino (46,13%). Quanto a localização, a maior parte estava situada em bordo lateral (n=189, 37,42%), seguido por dorso (25,74%) e ápice lingual (17,82%). As lesões reativas foram as mais prevalentes (35,64%), depois as condições epiteliais potencialmente malignas (22,77%) e as neoplasias malignas (11,88%). A condição mais prevalente foi a hiperplasia fibrosa focal (11,08%), seguida do carcinoma epidermoide (10,89%), fibroma de células gigantes (8,91%), hiperceratose e acantose (6,73%) e papiloma escamoso oral (6,53%). Conclui-se que as lesões na língua representaram uma parcela considerável de todas as lesões diagnosticadas pelo laboratório. Além disso, é importante que este sítio seja minuciosamente examinado, tendo em vista a alta prevalência de condições epiteliais potencialmente malignas e do carcinoma epidermoide, sendo fundamental o diagnóstico precoce destas lesões para a maior chance de cura e melhor prognóstico do paciente.PI0028 - Painel Iniciante
Área:
7 - Patologia Oral
Análise crítica da expressão de citoqueratinas na invasão linfática do carcinoma de células escamosas de língua e assoalho
Figueredo-Junior JM, Vanini JV, Koyama LKS, Duarte AMP, Freires LHG, Lourenço SV
Estomatologia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O carcinoma de células escamosas (CEC) é a neoplasia mais comum da cavidade oral, sendo a língua a estrutura mais afetada. Por possuir uma alta densidade de vasos linfáticos e sanguíneos, é frequente a invasão dessas estruturas e formação de metástases em linfonodos cervicais. As citoqueratinas são proteínas que compõem o citoesqueleto e desempenham diversas funções, entre elas a manutenção do fenótipo e a organização de cascatas sinalizadoras que podem influenciar o comportamento celular. A alteração no padrão de expressão das CKs pode ser uma hipótese para explicar a invasão em vasos linfáticos. O objetivo deste estudo é analisar se existe alteração na expressão da CK5, CK14, CK16, CK18 e CK19 no CEC de língua e assoalho bucal, em regiões de invasão linfática, por meio da técnica de imunoistoquímica dupla marcação. Foram analisados 20 casos de CEC de língua e assoalho operados no Hospital das Clínicas da FMUSP entre 2008 e 2015. Os cortes das peças cirúrgicas correspondentes às áreas de invasão foram submetidos a reações de imunoistoquímica com marcação de vasos linfáticos e de cada uma das CKs citadas. A CK5 foi positiva em 85% dos casos, CK14 em 95% dos casos, CK16 em 85%, CK18 em 20% e CK19 em 50% dos casos, sendo que essa expressão foi focal em alguns casos e regiões específicas. Notou-se a expressão positiva do D240 (marcador de vasos linfáticos) também em células tumorais. Observou-se uma alteração importante no padrão de expressão das citoqueratinas nas células tumorais no processo de invasão de vasos linfáticos, bem como a expressão do marcador D240 em células tumorais. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2018/25115-9)PI0029 - Painel Iniciante
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7 - Patologia Oral
Sobrevida Específica do Carcinoma de Células Escamosas da Língua: um Estudo de Coorte Retrospectivo
Souto ACS, Heimlich FV, Oliveira LL, Melo AC, Antunes HS, Thuler LCS, Goldemberg DC
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO JOSÉ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A presente pesquisa teve por objetivo analisar a sobrevida específica de pacientes com diagnóstico de carcinoma epidermoide de língua em um centro oncológico brasileiro. Fizeram parte desse estudo os pacientes tratados no período de 2007 a 2009. Os dados foram coletados por pelo menos 5 anos a partir da data de inclusão do estudo. Obtivemos as informações através do Registro Hospitalar de Câncer, dos prontuários eletrônico e físico dos pacientes e do Sistema de Informações sobre Mortalidade. A sobrevida específica foi estimada pelo método de Kaplan-Meier. A associação entre as variáveis independentes e o risco de morte foi explorada em um modelo de regressão de riscos proporcionais de Cox. Um total de 346 pacientes foram elegíveis, a maioria do sexo masculino (77,5%), tabagistas (87,6%), etilistas (80,9%), com baixa escolaridade (65,6%). 71,1% dos pacientes apresentaram estadiamento avançado no momento do diagnóstico e 72,5% evoluíram a óbito. No total, 44,5% dos pacientes foram submetidos a uma abordagem cirúrgica isolada ou associada a outra modalidade de tratamento, sendo 85,1% submetidos a esvaziamento cervical e 90,1% com margens cirúrgicas livres. A sobrevida específica foi de 40,6% em dois anos e 31,2% em cinco anos. Encontramos a pior sobrevida em indivíduos com 60 anos ou mais. Conclui-se que as características obtidas em nossa pesquisa associadas ao prognóstico foram similares às de outros estudos. Resultado que reforça a importância do desenvolvimento de políticas públicas voltadas para o diagnóstico precoce do câncer de boca. (Apoio: INCA - Pesquisa clínica )