Fatores de risco associados com a Carga de Doenças Bucais Crônicas nos Primeiros 1000 dias de Vida da Criança: Estudo de Coorte BRISA - São Luís
Araújo SMP, Saraiva MCP, Thomaz EBAF, Alves CMC, Ribeiro CCC
Programa de Pós Graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os Primeiros 1000 Dias de Vida (270 dias gestação +365 dias 1º.ano + 365 dias 2º. Ano) são o período de maior plasticidade para ações de prevenção de doenças crônicas no futuro. O objetivo foi modelar caminhos de estressores ambientais e metabólicos na carga de doenças bucais crônicas nas díades mãe-filho. Estudo de Coorte BRISA, São Luís, analisado em dois momentos: baseline (25ª. semana de gestação) e seguimento 2º. ano da criança (n= 1141). Modelo teórico exploratório do período gestacional (situação socioeconômica, idade, tabagismo, álcool, açúcar, obesidade, doença periodontal e cárie) e dos dois primeiros anos da criança: açúcar, excesso de peso na variável latente Carga de Doença Bucal (placa visível, gengivite e cárie dentária), através da Modelagem de Equações Estruturais. A obesidade da gestante explicou o excesso de peso na criança (Coeficiente padronizado CP=0.081 p=0.047). A cárie e a doença periodontal, bem como os comportamentos viciantes (álcool, tabagismo e açúcar) estavam correlacionadas nas gestantes. Consumo de açúcar na gestação foi associado à cárie na gestante (CP=0.078 p=0.06) e ao consumo de açúcar na criança (CP=0.142 p=0.041). No segundo ano, consumo de açúcar (CP =0.210=0.041) e excesso de peso (CP=0.098 p=0.020) aumentaram à Carga de Doença Bucal. Consumo de açúcar e obesidade estão presentes de forma transgeracional e aumentam a carga de doenças bucais nas díades mães-filhos. A prevenção integrada das doenças crônicas bucais e sistêmicas deve estar voltada a seus fatores de risco comuns, iniciando nos primeiros 1000 dias de vida. (Apoio: CNPq N° 471923/2011-7 e 561058/2010-5 | FAPESP N° 53593-0 | FAPEMA N° 0035/2008, 00356/11 e 01362-11)COL013 - Prêmio Colgate Odontologia Preventiva
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Fatores psicossociais e a percepção de cuidadores sobre a saúde dental dos filhos pré-escolares
Ferreira JBS, Rigo DCA, Costa LRRS, Freire MCM
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O presente estudo transversal analisou a percepção de cuidadores sobre a saúde dental de crianças pré-escolares e fatores psicossociais associados. Participaram 146 díades de pais/cuidadores e seus filhos de 4 a 6 anos atendidas em clínicas de cursos de especialização em Odontopediatria de Goiânia-GO. Os dados foram coletados por meio de entrevista estruturada, questionários e registros de prontuários clínicos. O desfecho foi a percepção sobre a saúde dental da criança (positiva/negativa) e as variáveis psicossociais foram o Senso de Coerência (Escala SOC-13 de Antonovsky) e a religiosidade (Indice DUREL) dos cuidadores. As covariáveis foram a experiência de cárie e características sociodemográficas das crianças, e fatores odontológicos dos cuidadores. Foram realizados testes bivariados e Regressão de Poisson com variância robusta. A prevalência de percepção negativa foi 54,8%. Dentre os fatores psicossocias, apenas a dimensão Religiosidade Organizacional (RO) foi associada ao desfecho. No modelo ajustado de regressão, a prevalência de cuidadores com percepção negativa foi 1,38 maior no grupo com baixa RO (RP=1,38; IC95% 1,05-1,81) e 2,35 mais elevada no grupo de crianças com alta experiência de cárie (RP=2,35; IC95% 1,54-3,60). Conclui-se que houve predomínio da percepção negativa sobre a saúde dental dos filhos e que a percepção pode ser influenciada pela religiosidade dos pais/cuidadores. (Apoio: FAPs - FAPEG PRONEM N° 201710267000525 | PRPG N° 001)