Biocompatibilidade e potencial bioativo de material experimental e cimentos à base de silicato de cálcio
Queiroz MB, Inada RNH, Lopes CS, Jampani JLA, Sasso Cerri E, Guerreiro-Tanomaru JM, Tanomaru-Filho M, Cerri PS
Odontologia - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARARAQUARA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A reação de um material experimental de silicato tricálcico com 30% de tungstato de cálcio (TSC+CaWO4) foi avaliada em comparação aos cimentos reparadores pó-líquido - MTA Repair HP (MTA-HP; Angelus, Brasil) e pronto para uso - Bio-C Repair (Bio-C; Angelus). Tubos de polietileno preenchidos com um dos materiais ou vazios (grupo controle, GC) foram implantados no subcutâneo de ratos por 7, 15, 30 e 60 dias (n=7/grupo por período). Cortes foram corados com HE para obtenção do nº de células inflamatórias (CI) e espessura das cápsulas (EC). O nº de células positivas à interleucina-6 (IL-6) e a quantidade de colágeno (COL) foram analisadas. Cortes foram submetidos ao von Kossa e a imuno-histoquímica para detecção de osteocalcina (OCN). Os dados foram submetidos ao ANOVA two-way seguido pelo teste de Tukey (p<0,05). Em todos os períodos, não houve diferenças significantes no nº de CI, nº de células IL-6+ e no conteúdo de COL entre os materiais biocerâmicos (p>0,05). Aos 60 dias, não foram observadas diferenças significantes no nº de CI e na imunoexpressão de IL-6 entre TSC+CaWO4, MTA-HP, Bio-C e GC (p>0,05). De 7 para 60 dias, uma redução significante no nº de CI, nº de células IL-6+ e na EC foi acompanhada por um aumento significante de COL nas cápsulas de todos os grupos. Estruturas von Kossa-positivas e células OCN+ foram observadas nas cápsulas ao redor de todos os materiais, enquanto que tais estruturas e células OCN+ não foram encontradas no GC. Conclui-se que TSC+CaWO4, assim como MTA-HP e Bio-C Repair são biocompatíveis e bioativos, sugerindo o uso como material reparador. (Apoio: CAPES N° 001)AO0035 - Apresentação Oral
Área:
2 - Terapia endodôntica
Mapeamento de marcadores de formação óssea liberados por cimentos à base de silicato
Oliveira MCG, Queiroz IOA, Mello WG, Machado T, Vasconcelos BC, Oliveira SHP, Duarte MAH
Dentistica, Endodontia e Materiais Dentá - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi mapear/rastrear os marcadores de formação óssea liberados pelos cimentos MTA Fillapex, BioRoot e cimento obturador experimental (CEO). Para isso, tubos de polietileno preenchidos com os cimentos ou vazios foram implantados no tecido subcutâneo de ratos Wistar. Aos 7, 15, 30 e 45 dias após a implantação, os animais foram anestesiados e amostras de sangue foram colhidas para mensuração de Cálcio (Ca2+), Fósforo (F) e Fosfatase Alcalina (FA). Em seguida, o tecido subcutâneo, cérebro, fígado e rins foram removidos e processados para análise de Ca2+ e F em ICP-OES. Kruskal-Wallis seguido pelo teste de Dunn e ANOVA seguido pelo teste de Tukey foram utilizados. Níveis semelhantes de Ca2+ foram observados no tecido subcutâneo em todos os grupos, embora, aos 45 dias, uma redução nos níveis séricos de Ca2+ na presença de CEO em comparação com o BioRoot e MTA Fillapex e um aumento no fígado em comparação com MTA Fillapex foram identificados. Nenhum traço de F foi detectado em qualquer tecido; além disso, os níveis séricos de F e FA do MTA Fillapex foram maiores no dia 30. Podemos concluir que Ca2+ foi identificado em todos os tecidos na presença de todos os cimentos. A regulação dos níveis de marcadores ósseos promovidos pelos cimentos pode modificar a homeostase corporal e induzir danos teciduais. MTA Fillapex mostrou-se capaz de provocar efeitos sistêmicos, já que apresentou maiores níveis em comparação com os outros cimentos, demostrando que a composição do cimento pode afetar/interferir não só no processo de reparo local, mas também na saúde sistêmica. (Apoio: CNPq N° 30358/2016-4)AO0036 - Apresentação Oral
Área:
2 - Terapia endodôntica
Monitoramento microbiológico da reintervenção endodôntica em dentes portadores de periodontite apical crônica e por motivos protéticos
Godoi Jr. EP, Francisco PA, Bícego-Pereira EC, Lima AR, Soares AJ, Ferraz CCR, Marciano MA, Gomes BPFA
Odontologia Restauradora - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A reintervenção endodôntica (RE) é a primeira opção de tratamento da infecção secundária/persistente, sendo também indicada por motivos protéticos (MP). Os objetivos foram: a) investigar a microbiota dos canais radiculares (CRs) de dentes submetidos a RE pela presença de periodontite apical crônica (PAC) e por MP; b) monitorar a eficácia das etapas da RE através da redução da carga microbiana; c) investigar associações entre bactérias e aspectos clínicos. A amostra consistiu de 15 dentes indicados à RE pela presença de PAC (G1) e 15 por MP (G2). Amostras foram coletadas dos CRs após a abertura coronária, após o preparo químico-mecânico e após 30 dias de uso da medicação intracanal. O conteúdo foi analisado pelo Nested-PCR para detecção de 17 espécies bacterianas. A carga microbiana durante as etapas da RE foi verificada pela contagem de unidades formadoras de colônia (UFC). A análise estatística dos dados foi realizada através dos testes Exato de Fischer, Shapiro-Wilk, Mann-Whitney, Wilcoxon e McNemar. As espécies mais encontradas nas coletas iniciais em ambos os grupos de estudo foram E. faecalis, F. nucleatum e P. gingivalis. RE foi eficaz em reduzir a carga microbiana nos grupos G1 e G2. Associações significantes entre bactérias específicas e sinais e sintomas clínicos foram encontradas. Concluiu-se que a comunidade presente nos CR de dentes indicados ao RE é mista e heterogênea. A carga microbiana dos CR com PAC é maior do que dos CR sem PAC. O RE é eficiente na redução da carga microbiana dos CR. Existem associações entre bactérias específicas e sinais e sintomas clínicos. (Apoio: CAPES N° 001 | FAPESP N° 2015/23479-5 | CNPq N° 303852/2019-4)AO0037 - Apresentação Oral
Área:
2 - Biologia pulpar
Perfil inflamatório da periodontite apical associada à inalação de fumaça de cigarro em ratos: análise histológica e imunohistoquímica
Vasques AMV, Silva ACR, Cury MTS, Bueno CRE, Ervolino E, Cintra LTA, Dezan-Junior E
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O tabagismo é um fator de risco para a saúde oral e sistêmica, agravando o desenvolvimento de doenças periodontais. A periodontite apical é caracterizada por processo inflamatório crônico com destruição dos tecidos periapicais e a literatura sugere seu desenvolvimento alterado pela ação do tabagismo. Para avaliar, foram utilizados 32 ratos machos divididos em 4 grupos (n= 8): Controle (C); Fumantes (S); Periodontite apical (AP); e Fumante com Periodontite Apical (SAP). Os animais dos grupos S e SAP inalaram a fumaça do cigarro por 50 dias, com início no dia -20, onde os animais permaneceram em uma câmara de tabagismo por 8 min 3x/dia. No dia 0 os grupos SAP e AP tiverem as polpas do 1o molar inferior exposta ao meio bucal por 30 dias. Nesses 30 dias subsequentes os animais dos grupos S e SAP continuaram inalando fumaça, totalizando os 50 dias de inalação. Após o período experimental, foram eutanasiados e as mandíbulas processadas para análise inflamatória, imunohistoquímica, e análise laboratorial sanguínea. Dados paramétricos foram analisados por ANOVA e não paramétricos por Mann-Whitney (P<.05). O grupo SAP apresentou intenso infiltrado inflamatório (score 4) em relação ao grupo AP (escore 3) e C e S (escore 1) (P <.05). As interleucinas IL-6, IL-1β e TNF-α se mostraram aumentadas nos grupos AP e SAP (P<.05). As séries vermelhas e brancas também se mostram alteradas no grupo SAP, com maior número de neutrófilos (P<.05). O impacto negativo do tabagismo sobre os tecidos periapicais promove alterações inflamatórias e imunes agravando o desenvolvimento da periodontite apical. (Apoio: CAPES N° 88882.435558/2019-01)AO0038 - Apresentação Oral
Área:
2 - Terapia endodôntica
Avaliação do preparo biomecânico de canais radiculares amplos com uso de instrumentos rotatórios de NiTi termicamente tratados e taper .01
Camargo RV, Carvalho KKT, Petean IBF, Silva-Sousa AC, Silva-Sousa YTC, Mazzi-Chaves JF, Sousa-Neto MD
Odontologia Restauradora - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliou-se a eficácia do preparo biomecânico de canais radiculares amplos com instrumentos de NiTi termo tratados e conicidade reduzida (./01), por microtomografia computadorizada (micro-CT) e microscopia eletrônica de varredura (MEV). Vinte incisivos centrais superiores com canais circulares e amplos (Ø: 0,50 a 0,70 mm à 1mm do forame apical), foram divididos aleatoriamente em 2 grupos experimentais (n = 10) de acordo com o preparo biomecânico: instrumentação manual (IM) e XP-Endo Shaper (XPS). Os dentes foram escaneados pré e pós-preparo para avaliação de alterações nos parâmetros bidimensionais e tridimensionais. A análise qualitativa em MEV foi realizada para avaliação da formação do batente apical. A análise de variância evidenciou que para área (1,31±0,91), perímetro (0,42±0,28), diâmetros maior (0,38±0,26) e menor (0,50±0,33), volume (6,59±2,07) e área de superfície (14,46±5,73), a IM apresentou as maiores médias de aumento comparado à XPS (p <0,05), sem diferença para o parâmetro de circularidade (p> 0,05), independente do terço radicular avaliado. Já os valores de SMI e porcentagem de paredes tocadas, não revelaram diferença significativa (p> 0,05) entre os grupos. As imagens em micro-CT e MEV evidenciaram que o XPS permitiu o desgaste dentinário seletivo, bem como a formação de batente apical conservador. O uso de instrumentos rotatórios de NiTi termicamente tratados, com diâmetro e conicidade reduzidos (./01), promoveu desgaste conservador da estrutura dentinária e permitiu a formação do batente apical em canais radiculares amplos. (Apoio: CAPES N° 33002029032p4 | FAPs - FAPESP N° 2018/14450-1)