Identificação das classes farmacológicas mais utilizadas e a relação com a prescrição odontológica: estudo retrospectivo
Sousa BI, Stabile VM, Candido CBSA
UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho teve como objetivo identificar as classes farmacológicas mais utilizadas pelos pacientes, bem como discutir as interações medicamentosas devido às possíveis prescrições do odontólogo. Foram incluídos no estudo 241 prontuários de pacientes atendidos nas disciplinas de Clínica Odontológica Integrada e de Pacientes Especiais do curso de Odontologia da Universidade de Mogi das Cruzes, entre idades de 18 anos a 59 anos. Destes, 81 pacientes relataram possuir doenças crônicas não transmissíveis, sendo estas tratadas com anti-hipertensivos (35,5%), hipoglicemiantes (13,7%), antidepressivo (9,3%), sendo Losartana (29,2%), Metformina (76%) e Fluoxetina (35,2%), respectivamente os representantes mais utilizados. Houve prescrição em 52 casos e Dipirona sódica (90,9%), Amoxicilina (77,7%) e Nimesulida (60%) foram os medicamentos mais prescritos pelos alunos/professores. Conclui-se que as classes farmacológicas mais utilizadas pelos pacientes também apresentam maiores chances de interação, devendo o profissional de Odontologia estar atento aos mecanismos de ação, efeitos adversos e cuidados em relação à combinação farmacológica, principalmente quando a prescrição envolver fármacos da classe dos anti-inflamatórios não-esteroidais.PI0300 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Análise da atividade antimicrobiana da rosuvastatina contra bactérias orais
Moreno JA, Carvalho RDP, Cogo-Müller K
Ciências Fisiológicas - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A doença periodontal é um evento imunoinflamatório e infeccioso que se desenvolve nos tecidos gengivais e periodontais. As estatinas são medicamentos utilizados no tratamento da hipercolesterolemia que já mostraram efeito antimicrobiano contra algumas espécies de bactérias orais, porém é desconhecido se a rosuvastatina (ROS) possui essa atividade. Sendo assim, o objetivo deste estudo é investigar o efeito antimicrobiano da ROS sobre as bactérias orais Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Fusobacterium nucleatum, Actinomyces odontolyticus, Actinomyces naeslundii Streptococcus oralis, Streptococcus mitis, Streptococcus salivarius, Streptococcus sanguinis e Streptococcus gordonii. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição em placas de 96 poços como descrito pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Para avaliar uma possível interação da ROS com antibióticos, foi realizado o ensaio de associação com metronidazol (MET). Os experimentos foram realizados em triplicata, em três momentos distintos. ROS apresentou atividade antimicrobiana apenas para P. gingivalis W83 e ATCC 33277, com CIM na faixa de 400 µg/mL, e de 0,78 a 0,39 µg/mL para MET. Houve interação sinérgica entre ROS e MET para a cepa P. gingivalis ATCC 33277 , com CIM de 100 µg/mL para ROS e entre 0,097 a 0,048 µg/mL para MET, reduzindo os valores de CIM de 3 a 4 vezes. Desse modo, concluiu-se que a rosuvastatina apresenta atividade antimicrobiana contra P. gingivalis, com possível interação sinérgica com metronidazol. (Apoio: PIBIC/SAE UNICAMP N° 01.P.96/2020)PI0301 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Biossegurança em Odontologia em tempos de COVID-19: Estudo Piloto
Silva GTV, Santos IG, Souza VGC, Laxe LAC, Lourenço AHT, Apolonio ACM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os Cirurgiões-Dentistas são os profissionais mais expostos à contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) responsável pela pandemia de COVID-19. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento desses profissionais quanto à biossegurança durante atendimento e discutir os riscos que estão sujeitos durante o atendimento odontológico. Participaram 120 profissionais de todo o território nacional, recrutados aleatoriamente por mídias sociais e responderam on-line questionário estruturado. A maioria dos participantes foram mulheres (67,5%), com idade entre 26-35 anos (40%), registrados em Minas Gerais (43%), clínico-geral (49%), com tempo de experiência entre 1-5 anos (37,5%), que trabalham em clínicas com outros profissionais (38%). Observou-se que os profissionais embora conscientes do potencial de transmissão do vírus por aerossóis (95%) e saliva (89%), poucos conhecem adequadamente os veículos de transmissão (29%), têm consciência da avaliação clínica básica (39,16%) previamente à consulta, estão atentos para adequações mínimas nos consultórios (55,8%) e/ou atendimentos (34%) para a nova realidade. Apesar disso, para as face shields foi apresentada boa aceitação (77,5%). No pós-atendimento, a desinfecção (55%) e desparamentação (31%) adequadas ainda estão longe de serem as ideais. Conclui-se que embora os impactos da pandemia estejam sendo apresentados em vários veículos de comunicação, mesmo nos específicos à Odontologia, os profissionais não os estão implementando adequadamente na prática clínica.PI0302 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Efeito erosivo de diferentes balas cítricas sobre o desgaste do esmalte dentário in vitro
Gonçalves IVB, Vertuan M, Souza BM, Magalhães AC
Bioquímica - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O aumento do consumo de balas cítricas pode contribuir para o desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. Este estudo in vitro avaliou o potencial erosivo de balas cítricas sobre o esmalte dentário em relação à quantificação do desgaste. Foram preparadas noventa coroas bovinas que foram distribuídas aleatoriamente em 6 grupos (n = 15): solução de ácido cítrico a 0,1% (pH 2,5, controle positivo); refrigerante Coca-Cola® (pH 2,6, controle comercial); bala Fini® Diet (ácido lático e ácido cítrico, pH 3,3); bala Fini® Beijos (ácido cítrico e ácido lático, pH 3,5); bala Fini® Chiclé Salada de Frutas (ácido maleico, pH 2,6); e bala Fini® Regaliz Tubs (ácido maleico e ácido cítrico, pH 3,1). As balas foram dissolvidas na proporção de 40 g/250 mL de água deionizada. As amostras foram submetidas à ciclagem de pH por 7 dias (4 ciclos de imersão ácida por 90 s por dia intercaladas com exposição à saliva artificial). O desgaste do esmalte foi medido por perfilometria de contato (μm) e os dados foram comparados utilizando testes Kruskal-Wallis/Dunn (mediana, p<0,0001). Todas as balas cítricas apresentaram alto potencial erosivo. A Fini Diet® (2,40 μm) e a Fini® Regaliz Tubs (2,15 μm) apresentaram o maior potencial erosivo, semelhante ao ácido cítrico a 0,1% (2,30 μm), sendo a Fini® Regaliz Tubs mais erosiva que a Coca-Cola® (1,40 μm). Já as balas Fini® Beijos (1,40 μm) e Fini® Chiclé Salada de Frutas (1,30 μm) induziram menor desgaste comparadas ao ácido cítrico. As balas cítricas podem ter um papel importante no desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. (Apoio: FAPESP N° 2018/26369-4)PI0303 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Terapia Fotodinâmica associada à quitosana para controle de Streptococcus mutans
Pedroso LLC, Souza CM, Garcia MT, Namba AM, Ward RAC, Gonçalves NMF, Figueiredo-Godoi, LMA, Junqueira JC
Biociências e Diagnóstico Bucal - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do trabalho foi investigar a associação da quitosana com o fotossensibilizador Photodithazine® (PDZ) na Terapia Fotodinâmica (TFD) sobre culturas planctônicas e biofilmes de Streptococcus mutans. Para o estudo em culturas planctônicas, foi adicionada uma suspensão de S. mutans UA 159 (106 células/mL) em placas de 96 poços. Amostras de esmalte de dentes bovinos foram utilizadas como substrato para a formação do biofilme em placas de 24 poços. O tratamento seguiu-se de acordo com os grupos experimentais, recebendo adição de Photodithazine, quitosana ou PBS, seguido pela irradiação ou manutenção em ambiente escuro (controle). Os efeitos dos tratamentos foram analisados por contagem de células viáveis (UFC/mL) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV). Para confirmar a penetração do fotossensibilizador nas células de S. mutans foi realizado teste de absorbância. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey. Os resultados demonstraram que a TFD mediada por Photodithazine foi capaz de reduzir a contagem de células viáveis de S. mutans tanto nos testes planctônicos como nos biofilmes. Os efeitos antimicrobianos foram maiores quando à quitosana foi associada à TFD. A redução do número de células viáveis foi confirmada nas imagens de MEV, verificando-se a desestruturação das células e matriz do biofilme. No teste de absorção, observou-se que a quitosana aumentou a capacidade de penetração do Photodithazine nas células de S. mutans. Concluiu-se que a quitosana apresentou capacidade de potencializar a atividade antimicrobiana da TFD sobre S. mutans. (Apoio: CAPES)PI0304 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
pH salivar após o consumo de sucos em pó industrializados
Santos INAO, Caju GBL, Gonzalez CEF, Fragoso LSM, Rodrigues RF, Nemezio MA, Santos NB, Romão DA
Foufal - UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Alimentos industrializados têm sido associados ao desenvolvimento de erosão dental. Assim, o objetivo do presente estudo foi avaliar o pH da saliva in vivo após o consumo de sucos em pó industrializados. Para isto, foi realizado um estudo cruzado com 8 voluntários submetidos aos seguintes tratamentos: água destilada (controle), sacarose 10% (controle) e sucos em pó (limão, laranja, abacaxi e caju). No dia de cada tratamento, foi determinado o pH da saliva inicial (baseline) e do líquido expectorado (solução de tratamento mais saliva) presente na boca nos tempos de 10s, 2 min e 30s, 5, 10, 15 e 30 min após o voluntário ter sido exposto à solução de tratamento. Os resultados foram submetidos a ANOVA two way com medidas repetidas com nível de significância 5%. Após consumo inicial dos sucos em pó industrializados, foi observada uma rápida queda de pH menor que 4,5 no tempo 10 s em todos os grupos dos sucos em pó industrializados em relação aos grupos controle, porém após 2 min e 30s, o pH salivar apresentou valor maior que 5,5 para todos grupos. Foi observado um efeito de tratamento: pH salivar no tempo 10 s após expectoração do suco de limão apresentou diferença para todos os grupos (p ˂0,05), exceto para o suco de laranja (p ˃ 0,05). Entretanto, não foi observado efeito nos diferentes tempos entre os tratamentos (p ˃ 0,05) e nem interação entre os fatores. Os resultados sugerem um potencial erosivo dos sucos em pó devido aos baixos valores de pH da saliva identificados principalmente nos tempos inicias. (Apoio: CNPq)PI0305 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação de um extrato contendo enzimas de Trichoderma harzianum na viabilidade do biofilme cariogênico de Streptococcus mutans
Lacerda NGS, Polizello ACM, Ré ACS, Cabral H, Garzon NGR, Aires CP
Física e Química - FACULDADE DE CIÊNCIAS FARMACÊUTICAS DE RIBEIRÃO PRETO - USP
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O biofilme oral é uma estrutura tridimensional de comunidades bacterianas aderidas à superfície dental que apresentam integração metabólica e está diretamente relacionado com a cárie dental. Considerando que o fungo Trichoderma harzianum tem sido relatado como fonte de produção de enzimas que podem interagir com o biofilme, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito de um extrato contendo as enzimas sintetizadas por T. harzianum na viabilidade do biofilme cariogênico de S. mutans. O fungo T. harzianum AF194011 foi reativado e incubado a 30 ºC por 18 horas. Em seguida, os PECIs extraídos de biofilmes de S. mutans UA 159 foram adicionados às culturas fúngicas e incubados por 192 horas, após centrifugação o sobrenadante contendo as enzimas fúngicas, foi reservado. Assim, biofilmes de S. mutans simulando condições fisiológicas de episódios de miséria e fartura que ocorrem na cavidade oral foram formados por 5 dias em lamínulas de vidro. No 3º dia do experimento, os biofilmes foram expostos aos seguintes tratamentos (n=3): a) NaCl 0,9%, como controle negativo; b) solução de digluconato de clorexidina 0,12%, como controle positivo; c) extrato contendo enzimas fungicas. Ao final, a acidogenicidade e a viabilidade bacteriana foram avaliadas. Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey. Os resultados sugerem que não houve interferência das enzimas fúngicas no metabolismo e na viabilidade bacteriana. Concluiu-se que as enzimas de T. harzianum não atuaram diretamente sobre as bactérias, mas pode ter interferido na composição da matriz do biofilme cariogênico. (Apoio: FAPESP N° 2017/12379-5)PI0306 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Avaliação antifúngica de sais imidazólicos sobre Candida albicans
Mallmann TF, Alegre GSP, Schrekker HS, Hashizume LN
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Sais imidazólicos são compostos iônicos que possuem a capacidade de interação entre sistemas biológicos devido à sua estrutura química. Estudos prévios demonstraram o efeito antifúngico destes sais em diferentes gêneros de Candida. O objetivo deste estudo foi de testar in vitro o efeito de dos sais imidazólicos frente a Candida albicans (C.albicans). Uma cepa de Candida albicans (ATCC 90008) foi utilizada para a avaliação antifúngica dos sais através do teste de difusão em ágar. A técnica de aplicação dos sais foi através da perfuração em ágar. Seis diferentes sais imidazólicos foram testados no presente estudo: MImC8MImBr2, MImC12MIm(MeS)2, C16PyrCl, C16DMImCl, C10MIm(MeS)2 e C10MIm(Br)2. Foram utilizados também um controle positivo (digluconato de clorexidina 0,12%) e um controle negativo (solução salina 0,9%). Dentre os sais imidazólicos testados, os sais MImC12MIm(MeS)2, C10MIm(Br)2 e C10MIm(MeS)2 apresentaram os melhores resultados com maiores valores para os halos de inibição formados frente a cepa testada. As médias dos valores dos halos de inibição formados para estes três compostos foram 28,0 mm, 21,5 mm e 20,5 mm, respectivamente; sendo superiores aos valores médios encontrados para o controle positivo. Baseado nos resultados do presente estudo, três dos sais imidazólicos testados apresentam efeito antifúngico contra Candida albicans, sendo considerados compostos promissores. Entretanto mais estudos são necessários para determinar outras propriedades destes compostos.PI0307 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Associação do farnesol à terapia fotodinâmica para controle de Enterococcus faecalis
Namba AM, Santos ELS, Garcia MT, Ribeiro FC, Souza CM, Pedroso LLC, Ward RAC, Junqueira JC
Biociências e Diagnóstico Bucal - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
E. faecalis tem grande importância nas infecções endodônticas persistentes. A terapia fotodinâmica antimicrobiana (TFDa) tem demonstrado capacidade de reduzir seu crescimento, porém sua eliminação completa ainda permanece um desafio. Buscando-se aumentar a efetividade da TFDa sobre E. faecalis, o objetivo do trabalho foi avaliar a combinação do farnesol à TFDa. Foram utilizadas cepas padrão e clínicas de E. faecalis, previamente isoladas de canais radiculares de pacientes com infecções endodônticas. A TFDa foi realizada com azul de metileno (AM) e laser em baixa intensidade (660 nm). As cepas foram submetidas à TFDa sobre culturas planctônicas e biofilmes com ou sem tratamento prévio com farnesol. Os resultados foram avaliados por meio da contagem de células viáveis e Microscopia Eletrônica de Varredura. Também foi avaliado o efeito do farnesol sobre a penetração do AM nas células de E. faecalis por meio da absorbância em espectrofotômetro e teste de permeabilidade de brometo de etídio por fluorescência. Os dados foram analisados por ANOVA e Tukey. A associação do farnesol à TFDa levou a eliminação total de E. faecalis em culturas planctônicas e uma redução de 3 log das células viáveis dos biofilmes, com desestruturação das suas micro-colônias e matriz extracelular. Verificou-se que o farnesol foi capaz de aumentar significativamente a permeabilidade do AM nas células bacterianas, favorecendo a ação fotodinâmica. Conclui-se que o farnesol foi capaz de potencializar a ação da TFDa sobre E. faecalis, tornando-se promissor no controle das infecções endodônticas. (Apoio: FAPESP N° 2018/08493-0)PI0308 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação físico-química e microestrutural do osso alveolar de ratos expostos cronicamente ao cloreto de alumínio
Souza-Monteiro D, Ferreira RO, Eiro-Quirino L, Lima LAO, Balbinot GS, Collares FM, Lima RR
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A exposição ambiental ao alumínio ocorre de diversas formas e não há estudos acerca dos seus efeitos sobre o periodonto. Logo, objetivou-se avaliar os efeitos da exposição ao cloreto de alumínio (AlCl3) sobre o osso alveolar de ratos expostos por tempo prolongado em baixas doses, simulando a exposição humana. Para tanto, 16 animais foram divididos em dois grupos: um exposto, cujo, recebeu 8.3 mg/kg/dia de AlCl3 durante 60 dias através de gavagem, e um grupo controle que recebeu apenas água destilada pelo mesmo método. Após o período de exposição, as mandíbulas foram coletadas, e uma hemimandíbula (HM) seguiu para avaliação do conteúdo mineral através da Espectroscopia no Infravermelho por Transformada de Fourier e Espectroscopia Raman, onde se avaliou através da frequência vibracional molecular, a intensidade dos níveis de componentes do osso alveolar, como o fosfato e o carbonato. A outra HM seguiu para análise microtomográfica, avaliando-se parâmetros trabeculares do primeiro molar inferior, assim como a perda óssea alveolar (POA). Os dados foram analisados estatisticamente pelo teste t-student (p<0.05). O AlCl3 promoveu mudanças na composição mineral ao diminuir os níveis de fosfato (p=0.04). Além disso, ocasionou mudanças no número (p=0.02) e espessura (p=0.04) trabecular e aumentou a POA (p<0.01). Conclui-se que a exposição ao AlCl3 foi capaz de promover diminuição da intensidade de componentes minerais do osso alveolar, com possível associação à alterações na microarquitetura óssea e consequente perda óssea alveolar. (Apoio: CAPES N° 001)