Enxaguatórios experimentais podem influenciar na adesão de braquetes em superfícies de esmalte
Moraes LS, Sabbo BM, Sabbo LCR, Venezian GC, Godoi APT, Furletti VF
CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou a influência de enxaguatórios bucais na resistência de união ao cisalhamento (RUC) de braquetes metálicos colados em esmalte. Foram selecionados 77 incisivos bovinos divididos em 7 grupos (n=11) e imersos 2 minutos por dia durante 30 dias em suas respectivas soluções: G1 - água destilada (controle); G2 - Clorexidina 0,12%; G3 - Listerine® com álcool; G4 - Listerine® sem álcool; G5 - Plax®; G6 - Grapefruit, e G7 - Gengibre. Após esse período foram submetidos a RUC em uma máquina de ensaio universal EMIC®, com velocidade de 1 mm/minuto. Após a descolagem dos braquetes, as superfícies dos espécimes foram analisadas quanto ao índice de remanescente adesivo (IRA) em lupa estereoscópica com aumento de 25X. Três corpos de prova de cada grupo foram levados ao microscópio eletrônico de varredura (MEV) para análise qualitativa superficial. Os resultados de RUC foram analisados estatisticamente por modelos lineares generalizados com um nível de significância de 5% e os resultados do IRA e MEV foram realizados utilizando-se uma análise de frequência para as comparações entre os materiais. O grupo G3 apresentou menor resistência de união ao cisalhamento quando comparado aos demais (p<0,05). Não houve diferença significativa entre os grupos quanto ao IRA. Nos espécimes submetidos ao MEV não foi identificada nenhuma alteração na superfície de esmalte. Os enxaguantes avaliados não interferiram na RUC e IRA dos braquetes e nem promovem modificação na estrutura do esmalte, podendo ser prescritos durante o tratamento ortodôntico.PI0085 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Avaliação de capeadores pulpares sobre a viabilidade em diferentes linhagens celulares da polpa dentária de dentes decíduos
Aquino KLA, Garrido BDTM, Bergamo, MTOP, Vitor LLR, Oliveira RC, Oliveira TM, Machado MAAM, Lourenço-Neto N
Odontopediatria - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi comparar a viabilidade celular de diferentes materiais capeadores pulpares frente a duas linhagens de células derivadas da polpa de dentes decíduos humanos: células tronco de dentes decíduos exfoliados (SHED) e fibroblastos pulpares (HPF). Os dois tipos celulares SHED e HPF foram obtidos a partir de biorrepositórios existentes na Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB-USP). O teste de viabilidade celular baseou-se na norma ISO 10993-5 tratando as células alvo com meios condicionados obtidos a partir dos diferentes materiais capeadores de acordo com os seguintes grupos experimentais: Grupo 1: MTA; Grupo 2: Cimento Portland; Grupo 3: Membrana e Controle Negativo. Decorridos os períodos experimentais de 6, 12 e 24 horas de contato das células com os extratos dos materiais testados, foram analisadas a morfologia celular e a viabilidade celular por meio do ensaio MTT. Os resultados obtidos da análise morfológica foram descritivos e os dados do MTT foram analisados pelo método ANOVA a dois critérios seguido pelo teste de Tukey (p<0,05). A morfologia celular dos HPF e das SHED antes e após o contato com os extratos não constatou alterações na morfologia celular. Os resultados obtidos no ensaio de MTT demonstraram maior valor de viabilidade celular após 12 horas em todos os grupos testados. Conclui-se que as membranas desenvolvidas apresentaram biocompatibilidade pois não apresentaram alterações na morfologia somado a resultados positivos de viabilidade celular dos dois tipos testados, podendo ser indicada a sua aplicação sobre tecidos pulpares. (Apoio: FAPs - Fapesp N° FAPESP 2018/19048-7 | FAPs - Fapesp N° FAPESP 2018/20316-6)PI0086 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Avaliação da impacção de caninos permanentes superiores na clínica ortodôntica
Lopes JG, Rocha PC, Barreto BCT, Castro ACR, Nojima LI, Sant´Anna EF, Araujo LFC, Nojima MCG
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi investigar a impacção de caninos permanentes superiores a partir de imagens bidimensionais (2D) e tridimensionais (3D). A amostra foi composta por 20 exames de Tomografias Computadorizadas de Feixe Cônico (TCFC), oriundos do acervo da Clínica de Ortodontia do Programa de Pós-graduação em Odontologia da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Imagens 2D e 3D foram obtidas a partir de projeções panorâmicas e reconstruções multiplanares extraídas das TCFC, respectivamente. A partir da identificação de 26 caninos permanentes superiores impactados, foram analisados os parâmetros: distância linear (d) da cúspide do canino impactado (CI) até o plano oclusal; ângulo (alfa) formado pelo longo eixo do CI com a linha média dentária; e a classificação da impacção em setores, a partir da ponta da cúspide do CI em relação aos dentes adjacentes. A análise estatística foi realizada com os testes de chi-quadrado e teste-t independente (a=0,05). Parâmetros lineares (d) não apresentaram diferenças significativas entre imagens 2D (10,25 ± 4,53 mm) e 3D (9,27 ± 4,28 mm) (P =0,428). Entretanto, parâmetros angulares (alfa) apresentaram-se significativamente superiores nas imagens 2D (37,61 ± 18,55° / 3D: 25,82 ± 13,57°) (P =0,012). Houve concordância entre os setores de localização em 65,3 % dos caninos avaliados em imagens 2D e 3D. Conclui-se que a avaliação linear da impacção de caninos permanentes superiores apresentou-se reprodutível e que houve concordância moderada entre os setores de localização a partir de imagens 2D e 3D. (Apoio: CNPq Pibic)PI0087 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Retenção do Conhecimento Sobre Saúde Bucal em Escolares de Nova Friburgo
Siqueira RC, Cavalcanti GN, Ammari MM, Abreu FV, Andrade MRTC
Formação Específica (ffe - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE- PÓLO NOVA FRIBURGO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
As medidas de orientação para a prevenção da cárie dentária apoiam-se na educação em saúde bucal do paciente. Este trabalho avaliou a retenção do conhecimento sobre saúde bucal em escolares, depois da realização de oficinas educativas. Após a aprovação no comitê de ética em pesquisa (CEP Nº 2.987.965) o estudo foi realizado com as crianças de uma escola pública de ensino fundamental de Nova Friburgo-RJ. Um questionário sobre práticas de higiene e conhecimento sobre cárie e gengivite foi aplicado antes da realização das oficinas educativas e 15, 30, 60 e 90 dias após as mesmas. A amostra foi de 136 crianças, sendo 54,4% meninos e 45,6% meninas, com média de idade de 8,7 (dp ± 1,65) anos. Antes da realização das oficinas educativas as crianças relataram limpar seus dentes todos os dias (91,2%), pelo menos três vezes ao dia (60,3%), utilizando escova, pasta e fio dental (52,9%). 59,6% das crianças relataram saber o que causava a cárie antes de participarem das oficinas educativas; 15 e 30 dias após as oficinas os percentuais foram de 94,9% e 98,5%, respectivamente (p<0,05), diminuindo para 58,8% 60 dias após. Para a gengivite, apenas 11,8% das crianças relataram saber a causa da doença antes das oficinas; 15 e 30 dias após os percentuais foram de 81,6% e 94,9%, respectivamente, diminuindo para 13,2% após 60 dias. Com base nos resultados foi possível observar uma diminuição na retenção do conhecimento após 30 dias da realização das atividades educativas, sugerindo que esta população deva receber um programa de educação em saúde bucal de forma continuada.PI0088 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Boca a Boca: saúde bucal no seu dia a dia. Rádios comunitárias auxiliando pacientes em uso de aparelho ortodôntico fixo
Souza MS, Assis MAL, Mordente CM, Tavares LDF, Oliveira DD, Soares RV
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A área da saúde tem presenciado avanços por meio do uso de Tecnologias de Informação e de Comunicação, que possibilitam maior acesso a informações e a novas maneiras de cuidado. Atravessando décadas, o rádio também é um meio popular de comunicação que oferece conteúdos variados. Atenção especial deve ser dada às rádios comunitárias que têm como finalidade auxiliar o desenvolvimento social da população. Levando em consideração que as rádios comunitárias necessitam de material educacional de qualidade para inserção em sua programação, foi elaborado um spot de aúdio com o objetivo de servir de apoio tanto ao paciente que está em tratamento ortodôntico com aparelho fixo, quanto ao ortodontista ou dentista clínico-geral. O programa de rádio "Boca a Boca: saúde bucal no seu dia a dia" é proveniente de uma parceria educacional entre o Programa de Pós-Graduação em Odontologia e o Laboratório de Áudio da Faculdade de Comunicação e Artes, ambos da PUC Minas. Um episódio do programa intitulado "Orientações de higiene bucal para pessoas em tratamento com aparelho ortodôntico fixo" foi elaborado a partir de um conteúdo previamente validado, para divulgação de informações sobre o tratamento ortodôntico, ampliando o alcance de informações para a população. O acesso ao tratamento ortodôntico pelo SUS já acontece, e esse material divulgado por rádios comunitárias poderá servir de apoio tanto ao paciente quanto ao dentista que trabalha em regiões mais afastadas dos centros urbanos do país.PI0089 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Resina infiltrante para melhora estética da fluorose leve em paciente com TEA: relato de caso com acompanhamento de 12 meses
Pilla OHL, Moraes RR, Neves AA, Allegretto MJ, Rodrigues GF, Amorim CS, Castro GFBA
Faculdade de Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste trabalho é apresentar um caso clínico, abordando uma opção de tratamento minimamente invasivo para fluorose dentária leve em um adolescente com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Paciente do sexo masculino, 15 anos de idade, diagnosticado com TEA, compareceu à Clínica de Pacientes Especiais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com a queixa principal de manchas brancas nos dentes anteriores e baixa autoestima. Ao exame clínico, foram observadas áreas brancas opacas no esmalte de todos os dentes compatível com o diagnóstico de fluorose dentária leve. Por se tratar de um paciente com grau leve de TEA e com o comportamento colaborador, o tratamento de escolha foi a resina infiltrante (ICON) nos incisivos, caninos e primeiros pré-molares superiores. O passo-a-passo da aplicação foi realizado de acordo com as recomendações do fabricante, sob isolamento absoluto do campo operatório. A melhora imediata no aspecto da fluorose foi significativa e o resultado estético foi satisfatório com estabilidade de cor após 12 meses de acompanhamento. Concluímos que a resina infiltrante foi uma boa escolha para o tratamento de fluorore dentária leve mesmo em pacientes que apresentem transtornos comportamentais leves. O infiltrante obteve estabilidade de cor 12 meses após o tratamento e supriu a expectativa do paciente e seus familiares. (Apoio: CNPq)PI0090 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
Análise morfológica e microbiológica de ligaduras elastoméricas ortodônticas submetidas a bebida isotônica
Costa VSOS, Paes-Souza SA, Monteiro ASN, Mello TP, Santos ALS, Elias CN, Lopes RT, Castro ACR
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar, in vitro, a morfologia e rugosidade superficiais (MS e RS); e cinética de formação de biofilme em ligaduras elastoméricas (LE) ortodônticas submetidas a bebida isotônica. Amostras de LE foram inseridas em bráquetes metálicos (n=244), alocados em 4 grupos, de acordo com meio de armazenamento: GC1 (água destilada - AD); GC2 (saliva artificial - SA); GE1 (isotônico + AD); e GE2 (isotônico + SA). Os corpos de prova foram mantidos em estufa (37º C, 5% CO2) e removidos, diariamente, ao longo de 21 dias, para exposição ao isotônico (Gatorade®, sabor limão) (GE1 e GE2) e troca dos meios (GC1 e GC2). A análise de MS e RS foi realizada em rugosímetro óptico (Zygo NewView 7100). Parâmetros de biomassa, matriz extracelular e atividade mitocondrial de Candida albicans (CA) e Streptococcus mutans (SM), foram avaliados individualmente, com intervalo de incubação de 24, 48 e 72 horas. Em seguida, duas amostras de cada grupo foram analisadas por microtomografia computadorizada. A análise estatística compreendeu os testes ANOVA one-way (RS) e ANOVA two-way (parâmetros microbiológicos) (a=0,05). A RS foi maior em GE1 (1,39 ± 0,30 µm) em relação a GC1 (0,57 ± 0,09 µm) (P<0,001). A quantificação da biomassa (72h) de SM foi significativamente superior no GE1 (P<0,05). A quantificação de matriz extracelular apresentou interações significantes em GE1 para CA (48h) e para SM (24, 48, 72h) (P<0,05). Ligaduras elastoméricas ortodônticas apresentaram alterações de MS, com aumento da RS e alteração da cinética de formação de biofilme quando expostas a bebida isotônica. (Apoio: CAPES N° DS-001)PI0091 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Associação entre sinais e sintomas de Disfunção Temporomandibular e Qualidade do Sono em adolescentes
Dias MLLS, Baldiotti ALP, Freitas GA, Sebastiani AM, Scariot R, Martins RC, Paiva SM, Ferreira FM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre sinais e sintomas de disfunção temporomandibular (DTM) e qualidade do sono (QS) em adolescentes. Noventa adolescentes entre 13 e 18 anos de idade, que aceitaram e cujos responsáveis consentiram, participaram desse estudo transversal. Os diagnósticos de sinais e sintomas de DTM foram obtidos através do instrumento validado para uso no Brasil RDC/TMD Eixos I e II, respectivamente, e a QS foi avaliada através de questionário respondido pelos pais. Duas examinadoras foram treinadas para a utilização dos instrumentos. Foi realizada estatística descritiva e testes de qui-quadrado e Mann Whitney. A média de idade dos adolescentes foi de 15,9 anos; 51% deles eram meninas. A prevalência de DTM foi de 45%, 62,5% deles dormiam menos de 8 horas por noite, enquanto 80,7% tinham relato parental de apresentar boa ou muito boa QS. Depressão (p=0,014), presença de sintomas físicos não específicos incluindo dor (p=0,005) e presença de ansiedade (p=0,026) foram mais frequentes entre os adolescentes que apresentaram pior QS. Por outro lado, QS não foi associada a desordens musculares, deslocamento de disco seja ele do lado direito e/ou esquerdo, desordens articulares do lado direito e/ou esquerdo e dor crônica (p > 0,05). Uma pior QS esteve associada a sintomas de DTM em adolescentes, mas não a seus sinais clínicos. Novas pesquisas com amostras maiores são necessárias para confirmar estes achados. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPs - FAPEMIG)PI0092 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortopedia
Análise esquelética e dentária da resposta espontânea da mandíbula à expansão rápida da maxila. Estudo Longitudinal
Cusini SLL, Souza DA, Santos RC, Araújo LS, Bolognese AM, Lima-Filho RMA, Lacerda-Santos R, Gomes JC
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi verificar a influência da expansão rapída da maxila na posição espacial da mandíbula e no arco dental inferior. Foram avaliados 240 radiografias cefalométricas em norma lateral e póstero-anterior, de 30 indivíduos com dentição mista, maloclusão Classe I, sendo 12 do gênero masculino e 18 do feminino, tratados exclusivamente com expansão rápida da maxila (CAAE: 31080120.1.0000.5147). O grupo controle (C) foi a amostra do "Bolton Standards of Dentofacial Developmental Growth". O erro intra-examinador foi de 0,20% e as analises estatisticas foram o teste "t" de Student pareado e one-sample "t" test, ambos com significância de p<0,05. Os resultados mostraram deslocamento anterior da mandíbula de 2,31o no momento T2-T3 (p<0,05). Nos momentos T3-T2, a mandíbula girou no sentido anti-horário, com redução 2,27º (p<0,05). O grupo T apresentou crescimento do ramo da mandíbula de 10,42mm e o grupo C de 11,10mm. O crescimento do corpo da mandíbula ao final foi de 12,91mm para o grupo T e 12,70mm para o grupo C. Ambos grupos mostraram considerável crescimento em altura da face, mas no momento T3-T4 o grupo C praticamente dobrou de tamanho em relação ao crescimento do grupo T. O aumento total na distância inter-molares inferiores foi de 0,78mm para o grupo T e de 4,0mm para o grupo C (p<0,05). Foi concluído que a expansão rápida da maxila pode ser empregada em todos os pacientes, pois ao longo prazo, as alterações no plano vertical se aproximam dos padrões normais, além de trazer benefícios ao plano sagital e transverso.PI0093 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Relação entre hipomineralização molar incisivo (HMI) e sensibilidade dentária - um estudo caso controle
Fridman S, Jorge RC, Reis PPG, Athayde GS, Americano GCA, Fidalgo TKS, Soviero VM
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo caso-controle foi avaliar a associação entre a sensibilidade dentária e HMI. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética. Os critérios de inclusão foram crianças saudáveis, de 6 a 10 anos. A amostra foi composta por 126 pacientes, 66 meninas (52,4%), média de idade de 8,54 (DP = 1,19). Sensibilidade foi a variável de desfecho e HMI, de exposição. Dois examinadores calibrados avaliaram a sensibilidade através da reação ao acionamento do ar comprimido da seringa tríplice sobre as vestibulares dos 1os molares permanentes e julgada segundo a percepção do dentista. HMI foi avaliada segundo critérios da EAPD e cárie de acordo com critérios da OMS. O grupo caso foi composto de 42 crianças com sensibilidade (24 (57,1%) meninas; idade média de 8,52 (DP = 1,23); CPOD 3,45 (DP = 3,769); ceod 2,64 (DP = 3,760)) e o controle, de 84 crianças sem sensibilidade (42 (50,0%) meninas; idade média de 8,55 (DP = 1,18); CPOD 1,38 (DP = 2,32); ceod 4,21 (DP = 6,37)). Utilizou-se o teste qui-quadrado e análise de regressão logística. A presença de HMI (p = 0,004) e de CPO-D > 0 (p = 0,000) foi significativamente mais alta no grupo CASO. Na análise de regressão, a chance de sensibilidade foi 3,9 vezes mais alta na presença CPO-D > 0. A análise de probabilidade mostrou que a chance de ocorrência de sensibilidade foi de 52% na presença de HMI combinada com CPO-D > 0. Conclui-se que, apesar da associação significativa entre HMI e sensibilidade na análise bivariada, a combinação dos fatores de risco avaliados mostrou que o CPO-D > 0 foi o fator preponderante para ocorrência de sensibilidade.