Uso do fio dental: antes ou após a escovação dentária? Revisão sistemática e meta-análise
Resende KKM, Gomes NS, Normando AGC, Costa CRR
Ciências da Saúde - UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo da presente revisão sistemática é avaliar se há diferenças na eficácia do uso do fio dental antes ou após a escovação. O protocolo de pesquisa foi delineado, e o estudo conduzido de acordo com o PRISMA. Os artigos incluídos foram coletados nos bancos de dados PubMed, LILACS, Cochrane Library, Livivo, Scopus e Web of Science, assim como na literatura cinzenta. Após a triagem, as informações relevantes foram extraídas e a qualidade de evidência avaliada através da ferramenta Revised Cochrane Risk of Bias Tool for Randomized Trials. A busca inicial identificou 3493 artigos. Por último, 10 estudos foram incluídos para a síntese qualitativa, dos quais 3 eram homogêneos o suficiente para realização de meta-análise. Os estudos incluídos avaliaram os efeitos do fio dental e observaram uma diminuição nos índices de placa e sangramento quando o fio dental foi utilizado anteriormente à escovação com o resultando qualitativo (p<0.05). No entanto, não houve nenhuma diferença estatística significativa com o uso do fio dental após a escovação dentária (p=0.98). O índice gengival resultou como inconclusiva devido aos dados serem insuficientes. Portanto, o uso do fio dental após a escovação não minimizou o índice de placa quando comparado ao grupo que não utilizou o fio dental. Entretanto, os estudos sugeriram que o uso anteriormente a escovação possui melhor efeito no controle e prevenção de doenças periodontais.RS096 - Painel Revisão Sistemática
Área:
8 - Periodontia
Eficácia dos enxaguatórios bucais na diminuição da carga viral em pacientes com COVID19
Basso IB, Araujo CM, Cavalcante-Leão BL, Stechman-Neto J, Santos RS, Ravazzi GC, Schroder AGD, Guariza Filho O
Odontologia - PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A saliva tem um papel importante na transmissão do COVID-19, devido a emissão de gotículas durante a fala, tosse e/ou espirro. O objetivo foi verificar se há evidências na literatura quanto a diminuição da carga viral presente na saliva, considerando três tipos de enxaguatórios: Clorexidina, Peróxido de Hidrogênio e Povidona-iodo (PVPI). Foram incluídos estudos clínicos e/ou estudos experimentais in vitro que tenham utilizado enxaguatórios como forma de intervenção para diminuição da carga viral na saliva. As bases eletrônicas selecionadas foram: PubMed/Medline, EMBASE, Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), Web of Science, Scopus, Cochrane Library e literatura cinzenta (Google Scholar, Proquest e Open Grey). Após a remoção dos artigos duplicados, 861 referências foram mantidas e 2 artigos foram incluídos. Ambos os estudos são in vitro e testaram a ação virucida da solução de PVP-I para bochecho em duas concentrações diferentes 1% sem diluição e 7% com diluição de 1:30, sobre o vírus SARS-CoV e MERS-CoV, e mostram uma redução viral de ≥ 99,99% com exposição de 15s. O risco de viés foi realizado, sendo considerado baixo nos estudos avaliados. Baseado nas evidências disponíveis na literatura, o PVP-I com concentrações de 1 e 7% se mostrou o enxaguatório mais efetivo para a redução da carga viral do COVID-19 na saliva. O PVP-I com concentrações de 1% (sem diluição) e 7% (diluído a 1:30), durante 15s, parece ser o enxaguatório bucal mais eficaz para a redução da carga viral do COVID-19 presente na saliva humana.RS097 - Painel Revisão Sistemática
Área:
8 - Periodontia
Os efeitos da adesão do indivíduo à terapia periodontal de suporte na perda dentária: revisão sistemática e metanálise
Campos ISO, Freitas MR, Costa FO, Cortelli SC, Rovai ES, Cortelli JR
Odontologia - UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A presente revisão sistemática teve como objetivo avaliar o impacto do indivíduo ser aderente à terapia periodontal de suporte (TPS), quando comparado a não ser aderente, em relação à perda dentária em indivíduos com periodontite. Foram incluídos estudos observacionais prospectivos e retrospectivos. As bases de dados MEDLINE (PubMed), EMBASE e LILACS foram pesquisadas em maio de 2019. Os valores de odds ratio (OR) e erro padrão (EP) dos grupos estudados (aderente ou não) foram convertidos para LogOR e os resultados de estudos individuais foram agrupados usando um modelo de efeitos aleatórios. Foram inicialmente incluídos 1409 estudos, destes 13 retrospectivos e 1 prospectivo comparando a perda dentária em aderentes e não aderentes a TPS. Meta-análise realizadas em 8 estudos mostrou que os indivíduos não aderentes a TPS apresentam um risco aumentado de perda dentária quando comparados aos indivíduos aderentes. O resultado geral da metanálise demonstrou que os indivíduos não aderentes a TPS apresentaram um risco 26% maior de perda dentária quando comparados aos aderentes (OR = 1,26; IC95% = 1,06 a 1,51, Heterogeneidade: I2 = 0%, p = 0,008). Logo, conclui-se que indivíduos com periodontite não aderentes a TPS apresentam maior risco de perda dentária quando comparados aos aderentes. Os profissionais de saúde bucal devem implementar medidas efetivas no intuito de obter a maior adesão populacional possível à terapia periodontal de suporte.RS099 - Painel Revisão Sistemática
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Desempenho de métodos radiográficos de estimativa da idade dental em crianças brasileiras - revisão sistemática e metanálise
Oliveira MB, Rosário Junior AF, Oliveira MN, Vidigal MTC, Blumenberg C, Paulo DM, Silva PUJ, Paranhos LR
Programa de Pós-graduação Em Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho avaliou o desempenho dos métodos de estimativa da idade dental em crianças brasileiras. Tratou-se de uma revisão sistemática da literatura elaborada de acordo com as recomendações PRISMA. A pesquisa foi realizada em abril de 2019 e atualizada em janeiro de 2020. Oito bases de dados foram utilizadas, incluindo "literatura cinzenta". Apenas estudos transversais foram incluídos. Dois revisores avaliaram os estudos e, o risco de viés foi avaliado com a Ferramenta de Avaliação Crítica do Instituto Joanna Briggs. A metanálise foi realizada para comparar a diferença entre a idade dental e a idade cronológica estimada das amostras, onde foram calculadas as diferenças médias padronizadas de Hedge em anos. Dos 2.527 estudos identificados, treze foram selecionados e incluídos na análise qualitativa, com amostra total de 7,358 participantes. Cinco métodos, Cameriere (CAM), Demirjian (DEM), Liliequist (LIL), Nolla (NOL) e Willems (WIL), forneceram estimativas de idade dental estatisticamente semelhantes à idade cronológica da amostra. Os três métodos que apresentaram a menor diferença média foram WIL (0,05 anos), LIL (-0,11 anos) e NOL (0,22 anos). O método Haavikko subestimou a idade cronológica em -0,87, Mornstad superestimou em 0,27. A maior diferença média observada foi a superestimativa de 1,81, pelo método DEM. Os métodos WIL, LIL, NOL e CAM, embora projetados para outras populações, tiveram bons resultados. A maioria dos métodos radiográficos internacionais apresentaram desempenho ideal para estimativa da idade dental em crianças brasileiras. (Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 307808/2018-1)