Avaliação dos hábitos de higiene bucal em pacientes pediátricos de alta complexidade: ambiente domiciliar versus hospitalar
Bonvicini JFS, França K, Costa LS, Oliveira-Neto NF, Herval AM, Turrioni AP
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliou-se os hábitos de higiene bucal de pacientes pediátricos de alta complexidade atendidos em ambiente domiciliar (n=14) ou hospitalar (n=14). A avaliação foi realizada por meio da aplicação de um questionário aos responsáveis, envolvendo questões como acompanhamento odontológico, responsável pela escovação, frequência de escovação, método de higiene, uso de dentifrício fluoretado, fio dental e colutório. Foram utilizados os testes Qui-quadrado e exato de Fisher (p<0,05) para análise dos dados. Diferenças estatísticas foram encontradas quanto ao responsável pela realização da escovação, sendo as crianças no domicílio mais dependentes dos cuidadores (p=0,02, domicílio - 98,8%, hospital- 35,7% realizada pelo cuidador) e para o acompanhamento odontológico, demostrando maior assistência a nível domiciliar (p=0,000, domicílio - 100,0% mais de uma vez ao ano, hospital- 42,8% mais de uma vez o ano). Para as demais variáveis não houve diferença estatística entre os grupos (p>0,05). Além disso, foi observado que 46,4% da amostra total (n=28) realizava escovação uma vez ao dia, 96,4% utilizava escova manual como método de escovação, 89,3% utilizava dentifrício fluoretado, 75,0% não utilizavam o fio dental e 17,9% utilizavam colutório. Concluiu-se que crianças em atenção domiciliar apresentaram um maior grau de dependência para a realização de higiene oral, assim como uma maior assistência odontológica, e que medidas educativas são necessárias para a melhora dos hábitos de saúde bucal nos pacientes pediátricos de alta complexidade avaliados. (Apoio: CAPES N° 88887.353016/2019-00)PN1065 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Acesso à Prótese Dentária nos serviços de Atenção à Saúde Bucal do SUS no estado da Paraíba
Ramalho AKBM, Lira GNW, Ferreira MAS, Padilha WWN
Ccs - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se avaliar o acesso à Prótese Dentária (PD) nos serviços de Saúde Bucal (SB) da Paraíba. Estudo tipo transversal, exploratório descritivo, com coleta de dados secundários nas bases DATASUS e SISAB, ano 2019. Estudo censitário com 223 municípios. Foram coletados números de encaminhamentos da Atenção Básica (AB), número de PD instaladas, Presença e Tipo de CEO, credenciamento com Laboratório Regional de Prótese Dentária (LRPD), IDH, População municipal, População cadastrada na Estratégia de Saúde da Família (ESF), Coberturas de ESF e SB. Foi realizada análise descritiva e teste de correlação linear de Pearson sendo adotado alfa <0,05). Os resultados mostraram 14.488 encaminhamentos da AB para PD e 59.903 instalações de PD. Os municípios credenciados com LRPD foram 183 (82,0%), 85 municípios (38,1%) possuem CEO, 158 (70,8%) encaminharam usuários para PD e 155 (69,5%) instalaram PD. Possuir CEO impactou o número de encaminhamentos para PD. O Tipo de CEO não influenciou o número de encaminhamentos. O Indicador Médio de Acesso à PD estadual foi 0,314 e o Indicador Médio de Necessidade de PD 0,154. A correlação linear entre os números de encaminhamentos e próteses entregues foi moderada (r=0,69, p<0,05). O Indicador de Acesso apresentou correlação desprezível com Cobertura de SB e IDH. O Indicador de Necessidade não apresentou correlação com nenhum dos indicadores de contexto. O estado da Paraíba apresentou expressiva oferta de acesso à PD baseada no credenciamento de LRPD, porém com baixo desempenho nos indicadores, sugerindo-se ações de monitoramento.PN1066 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Network analysis do questionário OHIP-14 entre indígenas e não indígenas
Soares GH, Werneck RI, Biazevic MGH, Michel-Crosato E
Odontologia Social - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi identificar a estrutura de relações entre dimensões da qualidade de vida relacionada à saúde bucal em uma população indígena e uma população não-indígena do Brasil utilizando a metodologia network analysis. Networks foram estimadas utilizando itens e dimensões do questionário Oral Health Impact Profile - versão curta (OHIP-14). A amostra indígena incluiu 108 participantes da etnia Kaingang e amostra não-indígena 305 mulheres em situação de cárcere. Características das networks foram comparadas através de um teste de permutação. Índices de centralidade, coeficientes de agrupamento e estabilidade foram examinados. A maioria dos itens que pertencem à mesma dimensão do questionário se apresentaram diretamente conectados em todas as networks. Oito dos links mais significativos foram observados em todos os modelos, indicando uma estrutura comum de interações entre as dimensões do OHIP-14 entre populações indígenas e não indígenas. Incapacidade psicológica foi a dimensão mais central nas networks de ambas as populações. As propriedades das networks não apresentaram diferenças estatisticamente significativas. A maioria das propriedades da rede foi convergente entre os modelos, sugerindo uma rede generalizável para diferentes populações. Essa abordagem adiciona uma nova ferramenta aos fundamentos da análise psicométrica, com implicações sobre como o construto qualidade de vida relacionada a saúde bucal é interpretado. (Apoio: CNPq N° 140429/2018-2)PN1067 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Avaliação da probabilidade do desenvolvimento de má oclusão na dentadura mista: estudo longitudinal
Santos PR, Vedovello SAS, Ambrosano GB, Meneghim MC
Programa de Pós Graduação Em Odontologia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivo deste estudo é avaliar por meio da análise bayseana a probabilidade do desenvolvimento de má oclusão na dentadura mista. Estudo longitudinal realizado com 121 crianças, 5 anos de idade, em dois tempos (T1: baseline e T2: 3 anos). Foram coletadas dados para sexo, raça e renda familiar e características clínicas da má oclusão seguindo os critérios de Foster e Hamilton preconizados pela OMS, 1987. Para a análise dos dados foram utilizados modelos bayesianos para estimava de parâmetros, o parâmetro de probabilidade (θ) foi utilizado para as distribuições de Bernoulli para presença ou não de má oclusão, indicando a probabilidade de se apresentar uma determinada condição, por ser uma estatística bayesiana foi considerado o Intervalo de Credibilidade (IC) de 95%. Os resultados mostraram que as crianças que não apresentavam má oclusão em T1, tiveram uma probabilidade maior probabilidade em T2 (θ=21,5%; IC95%:14,8% - 29,2%) sendo que o sexo feminino apresentou maior probabilidade (θ=71,8%; IC95%: 60,3% - 82,0%). Não foi encontrada diferença significativa nas probabilidades de mudanças na má oclusão para as variáveis raça e renda familiar. Conclui-se que a probabilidade do desenvolvimento da má oclusão em crianças na dentadura mista foi de 29,2%, sendo maior a probabilidade no sexo feminino (82,0%). A raça e renda familiar não mostraram probabilidade de desenvolverem má oclusão. (Apoio: CNPq N° 141794/2018-6)PN1068 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise do conhecimento em traumatismos dentários de professores de educação física da rede pública de ensino de Piracicaba- SP
Figueiredo-de-Almeida R, Vieira WA, Gabriel PH, Secchi P, Vargas Neto J, Santos ECA, Almeida JFA, Soares AJ
Endodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou o conhecimento dos professores de educação física e sua conduta de pronto atendimento em traumas dentários durante a prática esportiva. Um ofício foi enviado aos professores atuantes nos projetos esportivos organizados pela Prefeitura de Piracicaba-SP, convidando-os a uma palestra de capacitação em Trauma Dental. Previamente à palestra, foi distribuído um questionário anônimo e relacionado ao tema, sendo reaplicado após a palestra para avaliar a instrução. Participaram 33 professores, com idade entre 19 e 56 anos, atuantes em 13 modalidades esportivas. Ao analisar o conhecimento prévio em trauma e avulsão, 76% dos professores descreveu que tinha conhecimento sobre trauma dental, porém, apenas 18% sabia o que era avulsão. Após a palestra a resposta positiva foi de 100% (p<0.0078) e 97% (p< 0.0001) respectivamente. Caso um atleta fosse acometido de avulsão de um dente, 18% dos professores responderam que faria o reimplante, passando a 97% (p<0.0001) após a palestra. Quando perguntados sobre o meio de armazenamento de um dente avulsionado 51,5% indicaria um meio adequado, após a instrução, todos (p<0.05) demonstraram meios adequados. Os dados foram coletados e realizou-se análise quantitativa. Concluímos que as palestras informativas sobre trauma dental são importantes para a conscientização e capacitação dos professores de educação física, e verificou-se, também, que com maior conhecimento os professores tendem a realizar condutas corretas frente à prática esportiva, diminuindo os danos de um traumatismo dental durante as atividades.PN1071 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Determinantes individuais e contextuais da cárie dentária não tratada em dentes anteriores em adolescentes
Prata IMLF, Dutra LC, Neves ETB, Ferreira FM, Lima LCM, Siqueira MBLD, Paiva SM, Granville-Garcia AF
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Avaliar a associação entre fatores individuais e contextuais e a cárie dentária não tratada em dentes anteriores em adolescentes. Foi realizado um estudo transversal representativo com 746 escolares de 15 a 19 anos em Campina Grande-PB. Os pais/responsáveis responderam um questionário sociodemográfico e sobre a presença de plano de saúde. O BREALD-30 foi aplicado aos adolescentes para medir o nível de Alfabetismo em Saúde Bucal (ASB). Variáveis contextuais da escola foram obtidas com base no censo escolar de 2017. Utilizou-se o índice Nyvad para o diagnóstico de cárie dentária por dois examinadores calibrados (Kappa>0,80). Realizou-se análise descritiva, seguida de análise multinível de regressão binomial negativa robusta para amostras complexas ajustada e não ajustada (p<0,05). A média de dentes anteriores com cárie não tratada foi de 0.95 (DP=1,77). Adolescentes do sexo masculino (RR=1,64; IC95%:1,24-2,16), com nível de ASB inadequado (RR=2,03; IC95%:1,13-1,63) e marginal (RR=1,87; IC95%: 1,05-3,33) e que não possuíam plano de saúde (RR=1,34; IC95%: 1,07-1,68) apresentaram maior número de dentes anteriores com cárie não tratada. O número de estudantes em sala (RR=0,97; IC95%:0,96-0,99), a renda do distrito da escola (RR=0,99; IC95%:0,98-0,99) e o número de serviços públicos de saúde bucal no distrito da escola (RR=0,14; IC95%:0,05-0,39) foram associados à cárie não tratada. Fatores sociodemográficos, presença de plano de saúde, ASB e o contexto escolar influenciaram a presença de cárie dentária não tratada em adolescentes de 15 a 19 anos. (Apoio: CAPES | CAPES N° 88887.465383/2019-00)PN1073 - Painel Aspirante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Persistem iniquidades sociais em saúde bucal? Contribuições de uma coorte de origem maranhense
Sousa FS, Lopes BC, Costa EM, Alves CMC, Queiroz RCS, Ribeiro CCC, Benazzi AST, Thomaz EBAF
Saúde Pública - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo pretende responder se persistem as iniquidades sociais na saúde bucal por meio da hipótese de que a cárie dentária permanece mais prevalente entre as pessoas em desvantagem socioeconômica, em uma coorte de adolescentes no município de São Luís, Maranhão. Foi realizado um estudo transversal aninhado a uma coorte prospectiva iniciado no ano 1997 (baseline), com o primeiro seguimento em 2004/2005 e um segundo seguimento em 2016, no qual foram avaliados 2.413 adolescentes de 18 a 19 anos. A presença de cárie dentária não tratada na adolescência foi o desfecho, avaliado por meio do índice CPO-D (número de dentes permanentes cariados, perdidos e obturados). Características socioeconômicas e demográficas constituíram as variáveis independentes. Foram realizadas análises estatísticas descritivas, testes bivariados e análises de regressão de Poisson, calculando-se razões de prevalência (RP) brutas e ajustadas (alpha=5%). A prevalência de cárie dentária foi maior entre adolescentes que pertenciam às classes econômicas C (RP=1,23; IC95%:1,11-1,37) ou D-E (RP=1,48; IC95%: 1,32-1,65). As iniquidades sociais em saúde bucal persistem em adolescentes em desvantagem socioeconômica. Recomenda-se investimento na qualificação da atenção em saúde bucal nas populações em situação de vulnerabilidade social e refletir sobre novo modelo assistencial voltado para reorientação da formação em universidades e nos serviços. (Apoio: CNPq N° 47923/2011-7 | CNPq N° 125272/2016-2 | CNPq N° 306592/2018-5)PN1070 - Painel Efetivo
Área:
9 - Odontogeriatria
Overdenture retida por implante curto unitário em mandíbula atrófica: estudo clínico com acompanhamento de 12 meses
Ala LAB, Nogueira TE, Dias FV, Leles CR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo prospectivo avaliou a efetividade do uso de implante unitário curto para retenção de overdenture em mandíbula desdentada atrófica. Foram incluídos desdentados totais com volume ósseo na região de sínfise suficiente para instalação de um implante curto Cone Morse (Titamax CM Cortical, Neodent, Brasil) de 3,75x7mm. O carregamento ocorreu após 3 meses e empregou-se sistema de retenção do tipo "stud" (Equator CM, Neodent, Brasil). A estabilidade implantar (EI) foi mensurada imediatamente após instalação do implante, na captura e após 12 meses. A satisfação com as próteses e o impacto da saúde oral na qualidade de vida (OHIP-Edent) foram avaliados antes da instalação do implante e aos 3, 6 e 12 meses pós-captura. Aspectos clínico-radiográficos foram avaliados aos 3, 6 e 12 meses pós-captura. Foi realizada análise descritiva, teste de Wilcoxon e T pareado. Dezoito participantes foram incluídos, idade média 65,0 anos (DP=12,1), 14 mulheres (77,8%), 94,4% classe IV de acordo com o Índice Diagnóstico do American College of Prosthodontists. A taxa de sobrevida dos implantes foi de 100%. Após 12 meses, a EI aumentou significativamente (p<0,01), a satisfação média com a prótese mandibular aumentou em 50,3% (p<0,01) e o escore total médio OHIP-Edent reduziu de 11,5 para 4,4 em comparação ao baseline (p<0,01). Ao final do período, apenas 2 participantes (11,1%) demandaram tratamento adicional. A overdenture mandibular retida por implante unitário curto mostrou parâmetros clínicos favoráveis e desfechos reportados pelo paciente satisfatórios após 12 meses.PN1072 - Painel Efetivo
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Aspectos Contextuais sobre o atendimento odontológico realizado pelo serviço público de pré-escolares no Brasil: análise multinível
Vargas-Ferreira F, Pinto RS, Martins RC, Machado ATGM, Abreu MHNG
Odontologia Social e Preventiva - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi avaliar a prevalência e os fatores individuais e contextuais que estão associados ao atendimento odontológico de pré-escolares realizado por Unidades Básicas de Saúde (UBS). Dados são do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade (PMAQ). Cirurgiões-Dentistas de 17,165 Equipes de Saúde Bucal (ESB) preencheram um questionário. O desfecho foi o atendimento odontológico. Regressão Logística Multinível foi realizada para avaliar as associações entre variáveis relacionadas ao serviço odontológico, ao dentista e às características municipais (OR/IC95%). A prevalência de atendimento foi de 80,8%. Em relação às ESB, 92,2% delas garantiam o agendamento para consulta de retorno. A participação da ESB na equipe aumentou em 34% a chance de atendimento odontológico (OR:1,34; IC95% 1,14-1,59). Além disso, a organização da ESB (p<0,001) bem como à garantia à consulta de retorno (p<0,001) influenciaram positivamente na ocorrência do desfecho. O IDH (p<0,001) evidenciou que há iniquidades no atendimento às crianças. Os achados mostraram que características do serviço, do dentista e do município estiveram associados ao desfecho. Há necessidade de formulações de políticas públicas mais efetivas e resolutivas, de acordo com as reais necessidades da população. (Apoio: Pró-reitoria de Pesquisa - UFMG)PN1074 - Painel Efetivo
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Análise espaço-temporal das internações hospitalares por câncer de boca no Brasil e sua correlação com a expansão da Atenção Primária à Saúde
Thomaz EBAF, Lima HLO, Costa EM, Andrade L
Saúde Pública - UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar a expansão da Atenção Primária à Saúde (APS) e sua correlação com a distribuição espaço-temporal das internações hospitalares (IH) por câncer de boca (CB) que resultaram em óbito, no Brasil, de 2001 a 2019, considerando Unidade Federativa, dias de permanência, sítio anatômico do tumor, custos diretos e morte na IH. Foram utilizados dados dos sistemas de informação do SUS, efetuando-se análises descritivas e espaço-temporais (alpha=5%). No período estudado, foram analisadas 320.853 IH por CB do total de 362.452 casos diagnosticados, segundo a categoria CID 10 (c00 a c10). Na maioria dos casos (88,54%) não houve morte do paciente durante a IH. Os custos diretos para tratar a doença no período foram R$ 485.663.254,83, gastos com procedimentos e serviços médicos. As maiores frequências de IH foram por câncer de língua (c01, c02: 27,49%), lábio (c00: 17,18%) e orofaringe (c10: 16,28%). São Paulo apresentou a maior frequência de IH para o CB (23,65%); e Roraima, a menor (0,55%). No Brasil, as IH para tratamento de CB duraram, em média, 6,5 dias - variando de 4,9 (Goiás) a 10,5 (Pará) dias. Houve expressiva ampliação do acesso à APS no país. Entre 2008 e 2019, houve aumento do número de dentistas (18,3%) e médicos (47%) no SUS; e a cobertura da Estratégia Saúde da Família no Brasil aumentou de 50,1% para 69,6%. A autocorrelação espacial, através do Índice de Moran, foi de -0,210 (p<0,05), evidenciando que quanto maior a cobertura da APS, menor as IH por CB que levaram a óbito. A expansão da APS no Brasil pode estar contribuindo para a redução das IH graves por CB. (Apoio: CAPES N° 001 | CNPq N° 306592/2018-5)