Estabilidade física de material reembasador para prótese total após diferentes protocolos de higiene
Münchow EA, Silva-Júnior JG, Vidal GL, Carvalho FG, Carlo HL, Lacerda-Santos R, Carvalho RF, Badaró MM
Odontologia Conservadora - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Próteses totais podem se tornar desadaptadas devido a processos de remodelação óssea, sendo necessário o seu reembasamento com um material reembasador (MR), embora este último seja geralmente macio e, por isso, suscetível a desgaste acentuado no meio bucal. Por isso, o objetivo deste estudo in vitro foi avaliar a estabilidade física de um MR macio/resiliente (Soft Rebase/TDV) após ciclos de escovação com diferentes agentes de limpeza/desinfecção. Para isso, matrizes de resina acrílica foram preparadas e utilizadas para a confecção de espécimes de MR (5 mm diâmetro × 1,5 mm espessura). Cada espécime foi submetido a ciclos de escovação manual diária com variados agentes de limpeza (sabão neutro/SB, creme Curaprox/CC e creme Trihydral/CT) seguidos ou não da imersão em hipoclorito de sódio/NaOCl 0,5% (10 min/dia). Os espécimes foram avaliados quanto à cor (ΔE*), rugosidade superficial (Ra, µm) e ângulo de contato formado com a água (θ, °), antes e após diferentes períodos de escovação/desinfecção: 1, 7 e 60 dias (n=12). Os dados foram analisados com ANOVA e Tukey (α=0,05). De maneira geral, os fatores de variação investigados foram significantes (p<0,05). O protocolo combinando-se CT e NaOCl resultou em menor ΔE* e alteração de θ. A rugosidade aumentou para todos os grupos, exceto aquele onde CT foi empregado sem imersão em NaOCl. SB aumentou a hidrofilicidade do MR de maneira mais intensa que os demais agentes de limpeza. Conclui-se que o protocolo de escovação com creme Trihydral e desinfecção em NaOCl parece ser o mais indicado para a limpeza de próteses reembasadas.