Análise do efeito dose resposta da administração cumulativa de montelucaste sobre marcadores ósseos plasmáticos em camundongos
Parra da Silva RB, Carmo-Ribeiro KHA, Biguetti CC, Chaves-Neto AH, Matsumoto MA
Cirurgia e Clínica Integrada - UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA - ARAÇATUBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Leucotrienos (LTs) possuem papel importante em processos inflamatórios crônicos (ex: asma), nos quais drogas antagonistas como o Montelucaste (MTK) são cronicamente utilizadas. Ainda, LTs também parecem exercer influência sobre o metabolismo ósseo, porém os efeitos do uso crônico de MTK sobre tal tecido são pouco entendidos. Neste estudo avaliaram-se o efeitos cumulativos e dose resposta de MTK sobre os níveis plasmáticos de marcadores ósseos (Cálcio, Fosfato, fosfatase alcalina e TRAP) em camundongos 129Sv machos adultos, divididos em grupos C (tratados com SF 0,9%), MTK2 (2mg/Kg), e MTK4 (4mg/Kg) por via oral uma vez ao dia, ao longo de 8, 15 e 22 dias (n=5 animais por grupo e período). Ao final, realizaram-se as eutanásias e coleta do plasma para análises quantitativas bioquímicas, com nível de significância em 5%. Os níveis de cálcio (mg/dL) foram maiores no grupo MTK4 comparado aos C e MTK2 aos 8 e 22 dias. Os valores do fosfato (mg/dL) apontaram aumento significativo no grupo C aos 22 dias em comparação ao dia 8. Entre os grupos, houve aumento no MTK4 em comparação ao MTK2 aos 8 dias, bem como aumento significativo comparando o MTK4 e grupos C e MTK2 aos 22 dias. A TRAP apresentou níveis (U/L) menores no grupo C em comparação com MTK2 aos 15 dias e com MTK4 aos 22 dias. Não foram detectadas diferenças para fosfatase alcalina. Em conclusão, administração continua e em diferentes doses de MTK alteram os marcadores ósseos plásmaticos, indicando um potencial efeito anabólico da droga no metabolismo deste tecido. (Apoio: FAPs - FAPEAM)