Associação entre cronologia de erupção dos primeiros dentes decíduos e prematuridade e peso ao nascimento
Sousa JVA, Anjos AMC, Lima CCB, Moura LFAD, Lima MDM, Moura MS, Lopes TSP
Dpco - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo teve como objetivo avaliar associação entre cronologia de erupção dos primeiros dentes decíduos e prematuridade e peso ao nascimento. Trata-se de estudo transversal cuja amostra foi constituída por bebês na faixa etária de 6 a 12 meses assistidos em programa de atenção materno-infantil de Teresina-PI. As mães responderam ao questionário sociodemográfico e sobre condições de nascimento. A cavidade bucal dos bebês foi examinada e os dentes decíduos registrados de acordo com a Federação Dentária Internacional. Foram realizadas análises descritivas, regressão de Poisson e teste Mann-Whitney (p<0,05). Após cálculo amostral, foram incluídos 229 bebês, de ambos sexos, sendo 39,7% nascidos pré-termo e 60,3% a termo. Bebês do sexo masculino (RP=1,13; IC95% 1,01 - 1,27) e com baixo peso (RP = 1,50; IC95% 1,29 - 1,74) ou muito baixo peso (RP = 1,68; IC95% 1,44 - 1,96) apresentaram erupção dos primeiros dentes após os 6 meses de idade. Nos bebês prematuros, o primeiro dente decíduo erupcionou, em média, aos 7,96 meses de idade, enquanto nos bebês a termo aos 6,34 meses (p<0,001). Porém, após a correção da idade, não houve diferença (p=0,63). Conclui-se que os fatores associados a atraso na cronologia de erupção dos primeiros dentes decíduos foram sexo masculino e muito baixo/ baixo peso ao nascer. Após a correção da idade, não houve diferença nas médias de erupção entres bebês pré-termos e a termos. (Apoio: Universidade Federal do Piauí - UFPI)PI0314 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Impacto da cárie na primeira infância na qualidade de vida de crianças brasileiras residentes em comunidades ribeirinhas
Oliveira DVR, Arouche ABL, Hasegawa LD, Oliveira CML, Duarte DA
ESCOLA SUPERIOR DA AMAZÔNIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O propósito desta pesquisa foi de descrever a incidência da cárie na primeira infância e sua interferência na qualidade de vida. Tal abordagem foi feita pelo fato de que grande parte da população ribeirinha não tem informação sobre prevenir ou tratar as cáries em crianças menores de três anos. Foram analisadas 24 crianças de 0 a 3 anos, seus dados foram anotados em fichas clinicas especificas e registrados utilizando - se um questionário a respeito dos hábitos alimentares e de saúde de seus filhos, além das perguntas seguindo a versão brasileira do Early Childhood Oral Health Impact Scale (B-ECOHIS). Como principais resultados, a maioria das crianças consomem água do poço (20; 83%), consomem refrigerante (18; 75%), pelo menos 2 vezes na semana (21; 88%), metade das crianças (12; 50%) faz uso de medicação continua, pelo menos 2 vezes por semana (12; 50%), a maioria não consomem açúcar mais de 6 vezes ao dia (15; 63%), a maioria das crianças (15; 63%) apresentou índice Ceo de baixa gravidade (Ceo-D ≤ 5), 9 (38%) crianças apresentaram cárie na 1º infância. Crianças que não possuem cárie, apresentaram escore médio mais elevado na avaliação da qualidade de vida, indicando possuírem pior qualidade de vida relacionada à saúde bucal. Portanto, com base nos resultados obtidos podemos concluir que a presença de cárie precoce não pode ser relacionada com a piora na qualidade de vida das crianças ribeirinhas.PI0315 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Hábitos bucais deletérios e maloclusão: estudo transversal
Franzoi G, Mattos IN, Evangelista ME, Brancher GP, Bolan M, Cardoso M, Santana CM
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo foi investigar a associação entre Mordida Aberta Anterior (MAA) e Mordida Cruzada Posterior (MCP) com hábitos de sucção em crianças da rede pública municipal de ensino da cidade de Florianópolis-SC. Estudo transversal com escolares de 8-10 anos selecionados por amostragem por conglomerado. A coleta de dados clínicos ocorreu em ambiente escolar, com 4 avaliadores treinados (kappa >0.7), avaliando MAA (presente/ausente) e MCP (presente/ausente). As variáveis: sexo, idade, renda familiar (≤2 ou >2 salários mínimos), escolaridade dos responsáveis (≤8 ou >8 anos), presença de hábito de mamadeira (presente/ausente), sucção dedo/chupeta (presente/ausente) e sucção de dedo/chupeta concomitante a mamadeira (presente/ausente) foram coletadas através de questionário respondido pelos responsáveis. Aos dados foi aplicado estatística descritiva e regressão de Poisson uni e multivariada. 808 crianças participaram, a prevalência de MAA foi de 4,1% e MCP de 10,1%, e MAA teve associação com a presença do hábito de sucção de dedo/chupeta (p=0.017) e sucção de dedo/chupeta e mamadeira concomitantemente (p=0.010). Dentre os escolares com hábito de chupar dedo/chupeta, 61,9% também usavam mamadeira. Concluiu-se que houve associação entre MAA e o hábito de sucção de dedo/chupeta e hábito de sucção de dedo/chupeta concomitante com mamadeira. (Apoio: CAPES)PI0316 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Teen oral health-related quality of life: equivalência semântica para o português brasileiro
Freire-Maia J, Clementino LC, Perazzo MF, Sohn W, Jones JA, Garcia R, Paiva SM, Martins-Júnior PA
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a equivalência semântica entre a versão em Português Brasileiro do Teen Oral Health-Related Quality of Life (TOQOL) e a versão original em inglês. O TOQOL é um instrumento desenvolvido para avaliar a qualidade de vida relacionada à saúde bucal (QVRSB) de adolescentes (13 a 18 anos), com foco em indivíduos de populações de baixa renda ou minorias. A equivalência semântica abrangeu as seguintes etapas: (1) duas traduções do TOQOL para o Português Brasileiro, realizadas por dois tradutores independentes (ambos nativos no Brasil e fluentes no inglês); (2) unificação das duas traduções; (3) duas retrotraduções feitas independentemente por dois tradutores (ambos nativos em país de língua inglesa e fluentes no português brasileiro); (4) unificação das duas retrotraduções; (5) envio da versão unificada para os autores do instrumento original para avaliação; (6) revisão das traduções e retrotraduções seguindo as considerações dos autores originais e de um grupo de especialistas; (7) pré teste em um grupo de adolescentes brasileiros dentro da faixa etária proposta; (8) produção do instrumento final. Após a finalização de todas as etapas, foi obtida a versão final do TOQOL no Português Brasileiro. Esta versão se mostrou semanticamente equivalente à original. As traduções e retrotraduções, avaliadas pelos autores originais e por especialistas, e a incorporação das sugestões da população do estudo, permitiu o desenvolvimento de uma versão semanticamente equivalente do TOQOL original para o Português Brasileiro. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPs - FAPEMIG)PI0317 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Atitude dos pais/responsáveis, uso de chupeta e mordida aberta em pré-escolares
Magalhães LCT, Martins LP, Bittencourt JM, Martins-Júnior PA, Paiva SM, Bendo CB
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi avaliar a associação entre uso de chupeta com mordida aberta em pré-escolares, além de investigar se a atitude dos pais para fazer o que é necessário interferiu no tempo de uso da chupeta. Foi realizado um estudo transversal representativo com 497 pré-escolares de 4-6 anos de idade de Ribeirão das Neves, MG, e seus pais/responsáveis, que responderam um questionário socioeconômico e sobre uso de chupeta. Para mensurar a atitude dos pais para fazer o que é necessário foi utilizada a pergunta "Eu tenho energia suficiente para fazer o que eu tenho que fazer" da Escala de Resiliência. A mordida aberta foi avaliada pelo critério de Foster e Hamilton. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE-86759218.0.0000.5149). Para análise dos dados, foi realizado regressão logística binária e regressão multinomial, bivariadas e multivariadas (p<0,05). A análise multivariada, ajustada por renda e escolaridade mostrou que pré-escolares que usaram chupeta tem 6,21 vezes mais chance (95%IC= 2,98-12,22) de apresentar mordida aberta. Pais/responsáveis que relataram mais energia para fazer o que é necessário tiveram 1,22 vezes mais chance (IC95%=1.02-1,47) de ter filhos que removeram o uso da chupeta até 24 meses comparado aos que usaram por mais de 24 meses. Conclui-se que pré-escolares que usaram chupeta possuiam mais mordida aberta e que a atitude mais positiva dos pais/responsáveis em enfrentar problemas foi determinante para a remoção mais precoce da chupeta de seus filhos. (Apoio: CAPES | CNPq | FAPs - FAPEMIG)PI0318 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Espessura de dentina do assoalho da câmara pulpar de molares decíduos superiores: avaliação por tomografia computadorizada de feixe cônico
Santos LS, Bovino M, Cavalcante LLFA, Macedo PTS, Lima CCB, Lima MDM, Moura MS, Moura LFAD
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar a espessura de dentina no assoalho da câmara pulpar de molares decíduos superiores. Estudo aprovado pelo CEP/UFPI (parecer 3.335.051). A população foi censitária, composta por tomografias computadorizadas de feixe cônico (TCFC) de crianças de uma clínica de radiologia odontológica. Foi utilizado o software CSImaging. Previamente ao início do estudo, três examinadoras foram treinadas e calibradas (kappa intra-examinador = 1,0 e inter-examinador = 0,91). Os dados foram analisados por estatística descritiva e teste Mann Whitney (p<0,05). Como critério de inclusão, os molares deveriam apresentar ausência de reabsorções em região de assoalho da câmara pulpar. Foram incluídas TCFC de 18 crianças e 51 dentes. 54,9% das crianças eram do sexo masculino. Não houve diferença na espessura de dentina em relação ao sexo e dentes homólogos (p>0,05). Nos primeiros molares, a espessura média de dentina foi de 1,30 (±0,54)mm, enquanto que nos segundos molares foi de 1,48 (±0,47)mm (p=0,163). Primeiros molares do lado esquerdo apresentaram em média, maior espessura (1,39 (±0,60)mm) que homólogos, enquanto que nos segundos molares foram os dentes do hemiarco direito (1,66 (±0,30) mm), não houve diferença estatística (p>0,05). Conclui-se que a espessura média de dentina do assoalho da câmara pulpar de primeiros molares decíduos superiores foi de 1,30 mm e segundos molares de 1,48 mm. Não houve diferença entre dentes homólogos e entre sexos. (Apoio: Universidade Federal do Piauí (UFPI))PI0319 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Análise de fatores que podem influenciar as medidas dentárias de caninos decíduos em pacientes com fissura labiopalatal
Fernandes LF, Gama MCCM, Petroni VVB, Mendes CS, Reis GES, Weiss SG, Kuchler EC, Scariot R
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo transversal observacional foi avaliar a associação entre as medidas mésio-distais (MD) e vestíbulo-linguais (VL) de caninos decíduos de pacientes com fissura labiopalatal (FL/P) com as variáveis sexo, tipo de fissura e morfologia do arco. Um total de 306 modelos odontológicos provenientes de indivíduos que buscaram atendimento no Centro de Atendimento ao Fissurado Labiopalatal (CAIF/HT) em Curitiba/PR foram avaliados. Desses, 73 modelos foram selecionados por preencherem os critérios de inclusão. Para mensurar as medidas MD e VL dos caninos decíduos foi utilizado um paquímetro digital de precisão absoluta. Os mesmos dentes foram mensurados em três tempos distintos (CCI 0,94 - IC 95%). Em relação ao tipo de fissura, os modelos foram classificados em fissura labial, labiopalatal e palatal. Já a morfologia da arcada superior e inferior foi dividida em redonda, quadrada, em "v" e ovoide. Os dados foram submetidos a análise estatística, com nível de significância de 5%. A mediana de idade que os pacientes possuíam quando os modelos foram obtidos foi de 8 anos (6-16). Em relação as médias de tamanho, em milímetros, obtiveram-se para o dente 53, 6,48 MD e 5,88 VL; dente 63, 6,38 MD e 5,86 VL; dente 73, 5,71 MD e 5,29 VL; e dente 83, 5,62 MD e 5,36 VL. Quanto ao sexo, as mulheres apresentaram maior tamanho VL do dente 63 quando comparadas aos homens (p = 0,03). Não houve diferença estatisticamente significante em relação ao tamanho MD e VL e tipo de fissura e morfologia do arco (p > 0,05). Por fim, houve associação da medida VL de caninos decíduos com o sexo.PI0320 - Painel Iniciante
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4 - Odontopediatria
Condições de saúde bucal (SB) de adolescentes atendidos nas clínicas da Faculdade de Odontologia (FAO) da UFMG
Almeida MLA, Freitas GA, Baldiotti ALP, Petinati MFP, Scariot R, Martins RC, Paiva SM, Ferreira FM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Esse estudo objetivou relatar as condições de SB de adolescentes atendidos nas clínicas da FAO-UFMG em 2019. Duas examinadoras calibradas examinaram os pacientes para cárie dentária (CPOD), maloclusão (DAI), DTM (RDC/TMD), traumatismos dentários (Andreasen), fluorose (DEAN), HMI, erosão, desgaste dentário, provável bruxismo do sono e de vigília (Consenso Europeu), língua fissurada e geográfica. Os adolescentes responderam perguntas sobre experiência de dor de dente e autopercepção de SB. A idade média dos adolescentes foi 16 anos, 51% eram meninas, 67% relataram renda familiar de até 2 salários. Os agravos à saúde bucal mais prevalentes foram dor de dente (74%), cárie (72%, sendo que 44% apresentavam cárie não tratada e 8% perda de dentes), maloclusão (67%, sendo 33% maloclusão grave ou muito grave), fluorose (48%, sendo em 44% casos leves ou muito leves), DTM (45%, com 29% dos adolescentes tendo sentido dor crônica devido a DTM), língua fissurada (44%) e desgaste dental (31%, sendo de 12,5% para provável bruxismo do sono e de 7% para o de vigília). Os adolescentes apresentaram ainda traumatismos dentários (10%), erosão (6%), HMI (2%) e língua geográfica (7%), mas apenas uma minoria percebeu a SB como razoável ou ruim. Houve associação entre pior percepção de SB e CPOD ≥ 1 (p < 0,017), presença de dentes cariados (p < 0,002) e dor de dente (p < 0,001; Qui-quadrado). Concluímos que embora a prevalência de agravos à saúde bucal tenha sido alta, os adolescentes associaram uma SB ruim apenas à presença de cárie e dor e, em sua maioria, perceberam sua SB como boa, muito boa ou excelente. (Apoio: CAPES | CNPq | fapemig)PI0321 - Painel Iniciante
Área:
4 - Odontopediatria
Conhecimento e conduta clínica de cirurgiões-dentistas formados após a definição do termo Hipomineralização molar-incisivo
Silveira ABV, Miranda-Filho AEF, Tamburini ABF, Baldim AA, Gomes HS, Pereira MSS, Marinho VA, Marques NCT
Odontopediatria, Ortodontia e Saúde Cole - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho avaliou o conhecimento e conduta clínica de cirurgiões-dentistas (CD) graduados após a definição do termo Hipomineralização molar-incisivo (HMI) em 2001. Para tanto, foram aplicados questionários a CD atuantes na cidade de Alfenas-MG, que concluíram a graduação em Odontologia antes (G1) e após (G2) 2001. Os questionários incluíram informações sobre o perfil dos profissionais, conhecimento de conceitos, conduta clínica e dificuldades no atendimento de pacientes com HMI. Os dados obtidos foram submetidos a análise estatística pelo teste Qui-quadrado e teste de Mann-Whitney (P<0,05) (software SPSS 23.0). No total, 55 questionários foram divididos em G1 (n=23) e G2 (n=32). A maioria em G2 compreende HMI como defeito qualitativo do esmalte que envolve primeiros molares permanentes, podendo estar associado a incisivos permanentes. Enquanto, grande parte do G1 não compreende o conceito desta condição (P=0,002). G1 tem maior dificuldade para distinguir HMI de defeitos localizados do esmalte que G2 (P=0,012). A maior parte do G1 não tem confiança, enquanto profissionais do G2 se sentem confiantes para tratar dentes com HMI (P=0,042). G1 sente menos necessidade de treinamento e atualização para o atendimento de pacientes com HMI do que G2 (P=0,001). Conclui-se que, profissionais que se formaram após a definição do termo HMI (G2) compreendem melhor este conceito, identificam com maior facilidade e tem maior confiança para tratar dentes com esta condição. Ainda assim, estes CD sentem necessidade de atualização para o atendimento de pacientes com HMI.PI0322 - Painel Iniciante
Área:
4 - Ortodontia
A presença de maloclusão influencia na relação de confiança entre consumidor e vendedor?
Pereira CP, Lacerda-Santos R, Paranhos LR, Andrade ACDV, Tanaka OM, Maia LC, Pithon MM
Saúde i - UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo desse estudo foi determinar se a presença de maloclusão influencia na relação de confiança entre consumidor e vendedor. Inicialmente foram selecionados dez pacientes com necessidade de tratamento ortodôntico com as mais diversas maloclusões. Obteve-se desses, fotografias faciais sorrindo, as quais foram alteradas digitalmente (correção ortodôntica dos dentes), sendo que um sujeito manteve-se com o sorriso ideal nas duas pesquisas (controle positivo) e outro sujeito com o sorriso não ideal (controle negativo). Duas pesquisas paralelas foram construídas, uma com a foto mostrando um sorriso ideal e a outra com sorriso não ideal de cada sujeito. As imagens foram avaliadas por 100 indivíduos leigos consumidores. Em cada pesquisa foram feitos 4 questionamentos quanto a honestidade, eficiência, qualidade do produto vendido e garantia do serviço prestado. Os resultados demonstraram que as fotografias dos indivíduos com as mais diversas maloclusões, em média, foram pior avaliadas (p<0.05) quanto a todos os quesitos avaliados. O apinhamento dental e o diastema anterior geraram maior impacto que as demais nos quesitos qualidade do produto e garantia do serviço prestado. Conclue-se que vendedores que possuem uma boa oclusão são considerados mais honestos, eficientes, vendem um produto de melhor qualidade e prestam melhor garantia. (Apoio: CNPq N° 309800/2019-6)