Perfil microbiano salivar de pacientes periodontais com Diabetes Mellitus
Côrtes DA, Cena JA, Marconatto L, Belmok A, Guimarães MCM, Grisi DC, Oliveira LA, Salles LP, Borges LGA, Giongo A, Damé-Teixeira N
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo piloto visou comparar o perfil microbiano salivar de pacientes com e sem Diabetes Mellitus (DM). Foram analisadas salivas de pacientes com periodontite, sem DM (P, n=3) e com DM tipo 2 (DMP, n=3). O DNA total foi extraído da saliva não estimulada e submetido à amplificação do gene codificador do rRNA 16S, utilizando os primers universais 515f/806r. Os amplicons foram submetidos à sequenciamento de DNA de alto desempenho e as sequências anotadas usando o banco de dados SILVA 132. A abundância relativa de 294 OTUs foi observada, sendo que 12 representaram abundância >1% no grupo DMP, enquanto no grupo P, foram 15. O filo Firmicutes predominou em ambos os grupos. No grupo DMP, Bacteroidetes e Proteobacteria tiveram maior abundância. Nos filos minoritários, Epsilonbacteraeota foi maior no grupo DMP e Spirochaetes foi maior no grupo P. Dentre gêneros mais abundantes no grupo DMP destaca-se Veillonella (mediana; perc25-perc75 = 4,0%; 3,6-4,3); Prevotella (6,8%; 4,9-8,6) e Alloprevotella (5,4%; 2,7-6,1). Nos filos minoritários (<1%), organismos do domínio Archaea foram observados em ambos os grupos. O perfil microbiano demonstra abundância de alguns organismos sacarolíticos na microbiota salivar de pacientes com DM. Este estudo sugere uma possível acidificação local da microbiota, mesmo em pacientes com doença periodontal. (Apoio: FAPs - FAP-DF N° 16991.78.45532.26042017)PI0294 - Painel Iniciante
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3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Uso de escova mecânica equipada com sucção simultânea na descontaminação oral de pacientes sob cuidados intensivos
Santos BA, Carvalho JH, Marsicano JA, Logar GA, Maia LP
Dentistica - UNIVERSIDADE DO OESTE PAULISTA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O intuito desse estudo foi avaliar os efeitos da descontaminação oral com escova mecânica equipada com sucção simultânea na taxa de incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica (PAV), em pacientes sob cuidados intensivos. Foram incluídos todos os indivíduos com internação mínima de 48 horas na UTI geral, durante 6 meses. Os participantes foram submetidos a descontaminação oral 2 vezes ao dia, sendo utilizadas escovas equipadas com sucção no grupo teste e escovas convencionais no grupo controle, associando a irrigação com clorexidina 0,12% nos dois grupos. Foram utilizados o teste Mann-Whitney para comparar as váriaveis quantitativas e o teste de Qui-quadrado para as variáveis qualitativas, considerando 5% de significância. Foram incluídos 92 pacientes (controle: 45; teste: 47). Não houve diferença significante entre os grupos em nenhum dos índices orais avaliados. Ocorreram 4 casos de PAV no grupo controle e 2 no grupo teste, sem diferença significante, e o tempo de escovação foi menor no grupo teste (p=0,047). A incidência de PAV reduziu de uma média de 6,6 ± 3,7 no semestre anterior ao início do projeto, para uma média de 4,4 ± 2,2 nos meses de realização da pesquisa, também sem diferença significante. A descontaminação oral com escova equipada com sucção é mais rápida e apresenta uma tendência a menor incidência de pneumonia associada à ventilação mecânica, porém, novos estudos incluindo um maior número de participantes devem ser realizados para confirmar esses achados e definir o método ideal de higiene bucal em UTIs. (Apoio: Fapesp N° 2018/18282-6)PI0295 - Painel Iniciante
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3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação in vitro da integridade das mucosas nasal e sublingual suínas como barreiras biológicas para ensaios de permeação
Augusto GGX, Araújo JSM, Leite MFMB
Ciências Fisiologicas - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou in vitro a integridade das mucosas nasal-MN e sublingual-MS suína após o preparo e armazenamento, visando o uso em estudos de permeação para desenvolvimento de formulações tópicas odontológicas. A avaliação da integridade foi realizada pela medida da resistividade elétrica-RES, a partir de uma corrente capaz de atravessar o tecido - lei de Ohm e microscopia convencional-MC . A avaliação RES foi realizada com receptor de corrente no compartimento receptor das células de difusão vertical Franz com tampão PBS nas condições: tecido fresco-TF, refrigerados-RE a 4°C por 12, 24 e 48h e congelados-CO a -20°C por 1 e 2sem (n=12). As mucosas nessas condições foram coradas com HE e analisadas por MC. Resultados RES foram submetidos à Mann-Whitney e Wilcoxon (α=5%). RES mediana-desvio interquartílico KΩ/cm2 MN: TF 1,8-1,6; RE 12, 24 e 48h: 1,7-1,6; 1,2-1,1; 1,6-1,5, e CO 1 e 2sem: 1,6-1,4; 1,6-1,3 , respectivamente. Houve diminuição da RE em 24 e 48 h e 2 sem em relação a TF (p<0,05). MS: TF 1,4-1,1 RE 12, 24 e 48h: 1,5-1,4; 1,3-1,2; 1,1-1,0 CO 1sem: 1,3-1,2, respectivamente. Houve redução da RE em 48h e 1sem em relação a TF (p<0,05). MC demonstrou desorganização das camadas epiteliais, descamação, espaçamento celular e separação do epitélio de forma progressiva aos tempos de armazenamento. Baseado na avaliação da RES, é possível armazenar MS sob RE por 12h e CO por 1sem. Já MS apenas RE até 24h. Ambas mucosas apresentaram mudanças histológicas. Ensaios de permeação são necessários para concluir se o armazenamento altera a permeabilidade dessas mucosas. (Apoio: FAPESP N° 2019/05692-4)PI0296 - Painel Iniciante
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3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação in vitro do potencial protetor contra a erosão dentária de peptídeos derivados da estaterina com diferentes fosforilações
Carvalho G, Taira EA, Ferrari CR, Martini T, Pelá VT, Ventura TMO, Dionizio A, Buzalaf MAR
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi de avaliar o potencial protetor contra a erosão dentária inicial da modificação da película adquirida do esmalte (PAE) com soluções contendo peptídeos derivados da estaterina com diferentes graus de fosforilação em serina. 105 blocos de esmalte bovino (4 X 4 mm), foram divididos em 7 grupos (n=15/grupo), sendo CaneCPI-5 a 0,1 mg/mL, tampão fosfato, estaterina recombinante humana (Stat) e peptídeos contendo 15 aminoácidos da região aminoterminal da estaterina na concentração de 1,88 X 10-5 M, StatSS, StatpSpS, StatpSS ou StatSpS. Os blocos foram incubados nas soluções de tratamento por 2 h a 37ºC e então incubados em saliva de 3 voluntários para formação da PAE. Posteriormente, os espécimes foram incubados em solução de HCl 0,01 M (pH 2) por 10 s a 37ºC sob agitação. Antes e após o experimento a dureza superficial foi avaliada, para cálculo da porcentagem de alteração da dureza superficial (%SHC). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). As %SHC médias (±DP) foram: 21,3±6,3, 16,8±9,3, 15,3±10,0, 14,6±5,8, 14,3±11,3, 13,8±13,0, 9,6±9,7 e 8,7±12,1% para, Cane, StatpSpS, StatpSS, StatSS, Stat, e StatpSpS, respectivamente, sendo que a única diferença significativa foi entre tampão fosfato e StatpSpS. Os dados indicam que o peptídeo derivado da estaterina contendo 15 aminoácidos da região aminoterminal com as serinas 2 e 3 fosforiladas protege o esmalte contra a erosão inicial, apresentando bom potencial para inclusão em produtos odontológicos. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2018/18749-1)PI0297 - Painel Iniciante
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3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Avaliação in vitro do potencial protetor de diferentes concentrações de um peptídeo derivado da estaterina contra a erosão dentária
Ferrari CR, Taira EA, Carvalho G, Martini T, Pelá VT, Ventura TMO, Dionizio A, Buzalaf MAR
Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi analisar o efeito de diferentes concentrações de um peptídeo derivado da estaterina (StatpSpS) sobre a erosão inicial do esmalte. 90 blocos de esmalte bovino (4x4mm) foram divididos em 6 grupos: StatpSpS 0,94x10-5 M, StatpSpS 1,88x10-5 M, StatpSpS 3,76x10-5 M, StatpSpS 7,52x10-5 M, CaneCPI-5 0,1 mg/mL e tampão fosfato. Os blocos foram incubados com as soluções de tratamento por 2 h a 37ºC e então incubados em saliva estimulada de 3 voluntários para formação da película adquirida. Após isto, os espécimes foram incubados em solução de HCl 0,01 M (pH 2) por 10 s a 37ºC sob agitação. Cada espécime foi tratado 1x ao dia durante 3 dias. Antes e após o período experimental a dureza superficial foi avaliada, para cálculo da porcentagem de alteração da dureza superficial (%SHC). Os dados foram analisados por ANOVA e teste de Tukey (p<0,05). As %SHC médias (±DP) foram: 21,5±10,0; 11,5±5,8; 19,2±12,1; 25,7±9,1; 23,1±7,4 e 23,1±9,7, para StatpSpS 0,94x10-5 M, StatpSpS 1,88x10-5 M, StatpSpS 3,76x10-5 M, StatpSpS 7,52x10-5 M, tampão fosfato e CaneCPI-5, respectivamente. Apenas StatpSpS 1,88x10-5 M reduziu significativamente a %SHC em comparação ao tampão fosfato, não sendo encontradas outras diferenças significativas entre os grupos. Os dados indicam que o peptídeo StatpSpS na concentração de 1,88x10-5 M protege o esmalte contra erosão inicial, apresentando bom potencial para inclusão em produtos odontológicos. (Apoio: FAPs - FAPESP N° 2019/24295-6)PI0298 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Máscaras de tecido no contexto da doença do corona vírus 2019 (Covid-19): análise por microscopia eletrônica de varredura
Silva LAS, Arreguy IMS, Oliveira AKC, Lundgren RJB, Weber Sobrinho CR, Souza FB
UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Diante dos desafios do sistema de reserva de suprimentos médicos para emergências de saúde pública, as máscaras de tecido apontam como uma escolha popular, principalmente nos países em desenvolvimento. Este estudo avaliou a estrutura entre as fibras de máscaras de tecido através da microscopia eletrônica de varredura (MEV), a fim de realizar uma simulação gráfica das gotículas do corona vírus da síndrome respiratória aguda grave 2 (SARS-CoV-2). Um fragmento (1 cm²) de uma máscara de tecido (algodão), de camada única, foi utilizado para a análise em MEV. Após metalização, a amostra foi levada ao microscópio eletrônico de varredura para registro de imagens com ampliações de 100, 500 e 1000x. A distância entre os fios foi determinada pela espectroscopia por energia dispersiva (EDS). Realizou-se simulação gráfica das gotículas com diferentes tamanhos (0.5μm; 5.7μm;12μm) por meio de um programa de edição de imagens (Adobe Illustrator). A análise das imagens das máscaras de tecido mostrou que as lacunas entre os fios de algodão variavam entre 30.22μm e 149.69μm. A partir da simulação gráfica das partículas com vírus entre as fibras, verificou-se a possibilidade de passagem de mais de 680 milhões de gotículas (5.75μm) através da máscara de tecido investigada. A avaliação em MEV exibiu grandes espaços interfibrilares superiores ao tamanho de gotículas respiratórias de tamanho médio. A simulação gráfica demonstrou que gotículas de SARS-CoV-2 provavelmente são capazes de ultrapassar os poros da máscara de tecido, sugerindo maior exposição ao risco de transmissão viral.PI0299 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Identificação das classes farmacológicas mais utilizadas e a relação com a prescrição odontológica: estudo retrospectivo
Sousa BI, Stabile VM, Candido CBSA
UNIVERSIDADE MOGI DAS CRUZES
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este trabalho teve como objetivo identificar as classes farmacológicas mais utilizadas pelos pacientes, bem como discutir as interações medicamentosas devido às possíveis prescrições do odontólogo. Foram incluídos no estudo 241 prontuários de pacientes atendidos nas disciplinas de Clínica Odontológica Integrada e de Pacientes Especiais do curso de Odontologia da Universidade de Mogi das Cruzes, entre idades de 18 anos a 59 anos. Destes, 81 pacientes relataram possuir doenças crônicas não transmissíveis, sendo estas tratadas com anti-hipertensivos (35,5%), hipoglicemiantes (13,7%), antidepressivo (9,3%), sendo Losartana (29,2%), Metformina (76%) e Fluoxetina (35,2%), respectivamente os representantes mais utilizados. Houve prescrição em 52 casos e Dipirona sódica (90,9%), Amoxicilina (77,7%) e Nimesulida (60%) foram os medicamentos mais prescritos pelos alunos/professores. Conclui-se que as classes farmacológicas mais utilizadas pelos pacientes também apresentam maiores chances de interação, devendo o profissional de Odontologia estar atento aos mecanismos de ação, efeitos adversos e cuidados em relação à combinação farmacológica, principalmente quando a prescrição envolver fármacos da classe dos anti-inflamatórios não-esteroidais.PI0300 - Painel Iniciante
Área:
3 - Fisiologia / Bioquimica / Farmacologia
Análise da atividade antimicrobiana da rosuvastatina contra bactérias orais
Moreno JA, Carvalho RDP, Cogo-Müller K
Ciências Fisiológicas - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A doença periodontal é um evento imunoinflamatório e infeccioso que se desenvolve nos tecidos gengivais e periodontais. As estatinas são medicamentos utilizados no tratamento da hipercolesterolemia que já mostraram efeito antimicrobiano contra algumas espécies de bactérias orais, porém é desconhecido se a rosuvastatina (ROS) possui essa atividade. Sendo assim, o objetivo deste estudo é investigar o efeito antimicrobiano da ROS sobre as bactérias orais Porphyromonas gingivalis, Prevotella intermedia, Fusobacterium nucleatum, Actinomyces odontolyticus, Actinomyces naeslundii Streptococcus oralis, Streptococcus mitis, Streptococcus salivarius, Streptococcus sanguinis e Streptococcus gordonii. A concentração inibitória mínima (CIM) foi determinada pelo método de microdiluição em placas de 96 poços como descrito pelo Clinical and Laboratory Standards Institute (CLSI). Para avaliar uma possível interação da ROS com antibióticos, foi realizado o ensaio de associação com metronidazol (MET). Os experimentos foram realizados em triplicata, em três momentos distintos. ROS apresentou atividade antimicrobiana apenas para P. gingivalis W83 e ATCC 33277, com CIM na faixa de 400 µg/mL, e de 0,78 a 0,39 µg/mL para MET. Houve interação sinérgica entre ROS e MET para a cepa P. gingivalis ATCC 33277 , com CIM de 100 µg/mL para ROS e entre 0,097 a 0,048 µg/mL para MET, reduzindo os valores de CIM de 3 a 4 vezes. Desse modo, concluiu-se que a rosuvastatina apresenta atividade antimicrobiana contra P. gingivalis, com possível interação sinérgica com metronidazol. (Apoio: PIBIC/SAE UNICAMP N° 01.P.96/2020)PI0301 - Painel Iniciante
Área:
3 - Controle de infecção / Microbiologia / Imunologia
Biossegurança em Odontologia em tempos de COVID-19: Estudo Piloto
Silva GTV, Santos IG, Souza VGC, Laxe LAC, Lourenço AHT, Apolonio ACM
UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Os Cirurgiões-Dentistas são os profissionais mais expostos à contaminação pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) responsável pela pandemia de COVID-19. Assim, o objetivo do estudo foi avaliar o conhecimento desses profissionais quanto à biossegurança durante atendimento e discutir os riscos que estão sujeitos durante o atendimento odontológico. Participaram 120 profissionais de todo o território nacional, recrutados aleatoriamente por mídias sociais e responderam on-line questionário estruturado. A maioria dos participantes foram mulheres (67,5%), com idade entre 26-35 anos (40%), registrados em Minas Gerais (43%), clínico-geral (49%), com tempo de experiência entre 1-5 anos (37,5%), que trabalham em clínicas com outros profissionais (38%). Observou-se que os profissionais embora conscientes do potencial de transmissão do vírus por aerossóis (95%) e saliva (89%), poucos conhecem adequadamente os veículos de transmissão (29%), têm consciência da avaliação clínica básica (39,16%) previamente à consulta, estão atentos para adequações mínimas nos consultórios (55,8%) e/ou atendimentos (34%) para a nova realidade. Apesar disso, para as face shields foi apresentada boa aceitação (77,5%). No pós-atendimento, a desinfecção (55%) e desparamentação (31%) adequadas ainda estão longe de serem as ideais. Conclui-se que embora os impactos da pandemia estejam sendo apresentados em vários veículos de comunicação, mesmo nos específicos à Odontologia, os profissionais não os estão implementando adequadamente na prática clínica.PI0302 - Painel Iniciante
Área:
3 - Cariologia / Tecido Mineralizado
Efeito erosivo de diferentes balas cítricas sobre o desgaste do esmalte dentário in vitro
Gonçalves IVB, Vertuan M, Souza BM, Magalhães AC
Bioquímica - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O aumento do consumo de balas cítricas pode contribuir para o desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. Este estudo in vitro avaliou o potencial erosivo de balas cítricas sobre o esmalte dentário em relação à quantificação do desgaste. Foram preparadas noventa coroas bovinas que foram distribuídas aleatoriamente em 6 grupos (n = 15): solução de ácido cítrico a 0,1% (pH 2,5, controle positivo); refrigerante Coca-Cola® (pH 2,6, controle comercial); bala Fini® Diet (ácido lático e ácido cítrico, pH 3,3); bala Fini® Beijos (ácido cítrico e ácido lático, pH 3,5); bala Fini® Chiclé Salada de Frutas (ácido maleico, pH 2,6); e bala Fini® Regaliz Tubs (ácido maleico e ácido cítrico, pH 3,1). As balas foram dissolvidas na proporção de 40 g/250 mL de água deionizada. As amostras foram submetidas à ciclagem de pH por 7 dias (4 ciclos de imersão ácida por 90 s por dia intercaladas com exposição à saliva artificial). O desgaste do esmalte foi medido por perfilometria de contato (μm) e os dados foram comparados utilizando testes Kruskal-Wallis/Dunn (mediana, p<0,0001). Todas as balas cítricas apresentaram alto potencial erosivo. A Fini Diet® (2,40 μm) e a Fini® Regaliz Tubs (2,15 μm) apresentaram o maior potencial erosivo, semelhante ao ácido cítrico a 0,1% (2,30 μm), sendo a Fini® Regaliz Tubs mais erosiva que a Coca-Cola® (1,40 μm). Já as balas Fini® Beijos (1,40 μm) e Fini® Chiclé Salada de Frutas (1,30 μm) induziram menor desgaste comparadas ao ácido cítrico. As balas cítricas podem ter um papel importante no desenvolvimento do desgaste dentário erosivo. (Apoio: FAPESP N° 2018/26369-4)