Cobertura da Primeira Consulta Odontológica da Atenção Primária em Saúde no Estado da Paraíba: estudo piloto
Araújo EGO, Ramalho AKBM, Toscano RL, Ferreira MAS, Andrade RA, Padilha WWN
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se analisar o indicador de cobertura de primeira consulta odontológica programática (CPCO) da atenção primária como descritor do acesso ao cuidado. O estudo foi indutivo, com procedimento descritivo e técnica da documentação indireta. Com amostra de cinco cidades da Paraíba segundo o porte populacional: Pilar (PI), Alagoinha (AL) e Alagoa Grande (AG) (pequeno); Mamanguape (MA) (médio) e Campina Grande (CG) (Grande). Dados do ano de 2019 foram coletados no Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica (SISAB/MS): primeira consulta odontológica (PC); número da população cadastrada (POP) e calculado o CPCO. Foi testada uma matriz explicativa contendo 18 questões retiradas do Módulo VI - Entrevista com o Profissional da Equipe de Saúde Bucal do instrumento de Avaliação Externa do Programa Nacional de Melhoria do Acesso e Qualidade da Atenção Básica (PMAQ-AB). Foram registrados um total de 20.557 PC. Sendo 1.938 em AG, 2.437 em MA, 2.936 em PI, 3.057 em AL e 10.189 em CG. A POP total foi de 318.272. A média da POP anual foi 11.559 em PI, 14.350 em AL, 25.953 em AG, 40.068 em MA e 226.342 em CG. O CPCO médio geral foi de 5,16%. Por cidade o CPCO foi 25,4% para PI; 21,3% para AL; 7,4% para AG; 6,0% para MA e 4,5% para CG. Segundo o MS o parâmetro anual do CPCO é 15% e foi atingido apenas por PI e AL cidades de pequeno porte. A aplicação da Matriz com 18 itens sobre o CPCO não apontou associação pelo teste do QuiQuadrado (p>0,05). O CPCO identificou os perfis de acesso, sem dependência com o porte do município e apontou a viabilidade do alcance do seu parâmetro proposto pelo MS.PI0241 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Aplicativo móvel versus orientações profissionais para programa de controle de biofilme dental em crianças
Bortolança TJ, Castro DAA, Arantes CS, Carneiro DPA, Meneghim MC, Vedovello SAS, Degan VV
Programa de Pós-graduação Em Ortodontia - CENTRO UNIVERSITÁRIO DA FUNDAÇÃO HERMÍNIO OMETTO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo deste estudo foi comparar o índice de sangramento gengival e biofilme dental em crianças em idade escolar após orientações e instruções de higiene bucal e a utilização do Aplicativo Brush Up. Ensaio clínico randomizado-controlado. A amostra foi dimensionada por cálculo amostral e foi composta por 88 crianças de 08 a 10 anos de idade, de ambos os sexos com predisposição a cárie. Os voluntários foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos. O Grupo Convencional recebeu orientações e instruções de higiene bucal seguida de escovação supervisionada e o Grupo Aplicativo recebeu as mesmas informações e foram instruídos a fazer uso do Aplicativo Brush Up durante 60 dias. O índice de sangramento gengival e biofilme dental foram avaliados no tempo inicial (T0), antes das instruções de higiene bucal, aos 30 (T1) e 60 dias (T2). Os dados foram analisados usando modelos mistos para medidas repetidas no tempo e teste de Tukey Kramer pelos programas R e SAS. Nos dois grupos houve diminuição significativa nos índices de sangramento e de placa bacteriana no decorrer do tempo (p>0.05), entretanto, não diferiram entre si (p<0.05). Conclui-se que as atividades educativas foram eficazes para diminuir índices de sangramento gengival e biofilme dental e o uso do aplicativo não intensificou a diminuição dos índices.PI0242 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Experiências interprofissionais: resultados do planejamento estratégico situacional na Estratégia Saúde da Família em Minas Gerais
Araújo LS, Sarmento BCS, Oliveira RMG, Martins AA, Oliveira V, Brugiolo ASS, Salas M M S
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo visa relatar a percepção e a experiência das ações interprofissionais realizadas no primeiro ano de atuação do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Interprofissionalidade na Estratégia de Saúde da Família (ESF) Jardim do Trevo. A equipe multiprofissional é composta por tutores, preceptor e discentes dos cursos de fisioterapia, assistência social, medicina e odontologia. Foi realizado o diagnóstico situacional da unidade básica e o planejamento estratégico situacional sendo o problema identificado e priorizado a falta de adesão dos usuários às atividades da unidade. A intervenção incluiu atividades como capacitação para os agentes comunitários de saúde, confecção de uma Cartilha informativa da ESF Jardim do Trevo e ações de educação em saúde para a população. A cartilha foi também usada para realização de 6 salas de espera e 17 visitas domiciliares com o objetivo de informar aos usuários sobre a ESF e seus principais serviços e horários. Realizamos ações de incentivo a adesão do exame Papanicolau, por meio de educação em saúde e organização do mutirão preventivo. Ao todo participaram da intervenção 119 usuários. Percebemos que as atividades interprofissionais contribuíram com a atuação e empoderamento da equipe e com o conhecimento e participação dos usuários nas ações ofertadas na ESF. Na visão discente, o programa permitiu a integração das diversas áreas em saúde, fortalecendo o trabalho em equipe e a realização de práticas compartilhadas, que contribuem com a melhoria da qualidade da atenção à saúde e formação em saúde.PI0244 - Painel Iniciante
Área:
9 - Ciências do comportamento / Saúde Coletiva
Existe interesse e conhecimento de universitários de odontologia sobre o uso da entrevista motivacional no manejo de seus pacientes?
Souza FN, Silveira AS, Canabarro A, Tannure PN
Odontologia - UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Objetivou-se identificar o interesse e o conhecimento de universitários do curso de odontologia de uma instituição de ensino particular sobre entrevista motivacional (EM). Durante um período de cinco meses, universitários foram convidados a participar respondendo um roteiro de perguntas fechadas e abertas. Foram coletadas informações como sexo, idade, número de familiares na moradia, renda mensal e grau de instrução dos responsáveis. Dados referentes ao interesse sobre EM, prévio conhecimento e sua aplicabilidade na prática clinica também foram coletados. As informações foram analisadas descritivamente. Sessenta e nove universitários participaram da pesquisa. Destes, a maioria era do sexo feminino (54, 78,3%) com média de idade de 25 anos (±5,57), renda mensal entre 5-10 salários mínimos (20, 29%) e cujos responsáveis, pai e mãe respectivamente, haviam cursado ensino superior completo (27, 39,1% e 35, 50,7%). Uma grande parte não havia recebido informações sobre EM no curso (62, 89,9%) mas tinham interesse em adquirir (60, 87%). Sessenta e seis universitários (95,7%) acreditavam que poderiam aplicar a EM nas clínicas da universidade como um treinamento prévio e consideraram importante o uso dessa intervenção no manejo com o paciente (60, 87,0%). Conclui-se que houve interesse dos universitários acerca do uso da EM na abordagem de pacientes com patologias que possuem componentes associados a fatores comportamentais, entretanto, a grande maioria desconhecia essa estratégia de motivação nos processos de mudanças.