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FC019 - Fórum Científico
Área:
7 - Patologia Oral
Efeito das vesículas extracelulares derivadas de células epiteliais malignas na expressão de metaloproteases por células mioepiteliais
Souza IF, Teixeira LN, Araujo VC, Navarini NF, Demasi APD, Martinez EF
Patologia Bucal - FACULDADE DE ODONTOLOGIA SÃO LEOPOLDO MANDIC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Na carcinogênese, a comunicação entre células dentro do microambiente tumoral é fundamental para o desenvolvimento e progressão dos tecidos neoplásicos. Recentemente, estudos têm enfatizado a importância de um mecanismo de comunicação celular mediado por vesículas denominadas vesículas extracelulares (VE). Essas estruturas, produzidas por diferentes tipos celulares, são capazes de modular a atividade celular por indução de alterações epigenéticas, atuando no comportamento invasivo de células cancerosas, degradação da matriz extracelular, invasão e metástase, reforçando o papel dessas vesículas como importantes moduladores da progressão tumoral. O presente estudo avaliou o efeito in vitro de vesículas extracelulares na comunicação entre células mioepiteliais benignas (MioEP) e epiteliais malignas (EP) humanas sobre a expressão gênica e proteica de metaloproteases (MMP -2, -9) em culturas de células MioEP após exposição às vesículas extracelulares derivadas das EP. Os resultados revelaram que VE derivadas de células Ep modularam positivamente a expressão de genes associados aos processos de invasão e metástase em células MioEP, por aumento na expressão e secreção de MMPs-2 e -9 e TIMP-2 diminuída (p<0,05). Sugere-se que as VE atuem na degradação da matriz extracelular modulando a expressão de metaloproteases e inibidores pelas células MioEP, favorecendo o preparo do microambiente para migração da células neoplásicas malignas. (Apoio: CNPq N° #302138/2017-0 | FAPESP N° #2015/16289-5)FC020 - Fórum Científico
Área:
7 - Patologia Oral
Análise in vitro e in vivo da capacidade osteogênica de lesão central de células gigantes
Miguita L, Pereira NB, Bastos VC, Sousa JC, Reis AMS, Andrade LO, Dias AAM, Gomes CC
Patologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A lesão central de células gigantes (LCCG) é uma lesão benigna dos ossos maxilares que pode apresentar comportamento agressivo. Histologicamente, a lesão é constituída por uma população celular heterogênea de células mononucleares com a presença de células gigantes multinucleadas. Entre as células mononucleares encontram-se células altamente proliferativas e de possível origem osteoblástica. Devido a estes fatos, este estudo objetivou analisar a capacidade de diferenciação osteogênica de LCCG, por meio de ensaios in vitro e in vivo. Para tanto, foram obtidas culturas primárias de LCCG tanto pela técnica de explante como por digestão enzimática, efetuada a indução de diferenciação osteogênica por 21 dias e analisadas pelas técnicas de Von Kossa, alizarina vermelha e expressão gênica de Osteocalcina e RUNX2. Nas linhagens sem indução também foram analisados os níveis de fosfatase alcalina. Foi realizado xenotransplante de fragmentos do tumor no dorso de camundongos BalbC/Nude. Foram obtidas células de LCCG para cultivo celular a partir de ambas técnicas aplicadas. Após indução osteogênica houve um aumento de depósitos de cálcio positivos para Von Kossa e Alizarina Vermelha e aumento da expressão de Osteocalcina e RUNX2 após 21 dias de indução. Também observarmos o aumento de níveis de fosfatase alcalina nas linhagens sem indução osteogênica. Nos experimentos in vivo, após 47 e 56 dias, houve formação de material osteóide nos xenotransplantes. Os resultados sugerem a existência de células osteogênicas na LCCG in vitro e in vivo. (Apoio: FAPEMIG | CNPq | CAPES)FC021 - Fórum Científico
Área:
8 - Periodontia
Deposição de imunocomplexos no tecido gengival na presença de periodontite e lúpus eritematoso sistêmico: análise por imunofluorescência
Pires JR, Degand DRF, Nunes AJF, Pessoa LC, Greghi SLA, Nogueira MRS, Santana ACP
Periodontia - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - BAURU
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) é uma doença autoimune caracterizada pela formação de complexos antígeno-anticorpo que se depositam em diferentes tecidos, levando ao dano tecidual, incluindo os tecidos periodontais. O objetivo primário deste estudo foi avaliar a deposição de imunocomplexos no tecido gengival de indivíduos diagnosticados com LES comparativamente a indivíduos saudáveis sistemicamente. Foram incluídas 50 mulheres de 20 a 65 anos, sendo 25 com diagnóstico de LES (LES+) e 25 sem LES (LES-). Realizamos exame periodontal, avaliação de radiografias panorâmicas e biópsias de tecido gengival, para investigação da deposição de complexos antígeno-anticorpo. Houve marcação por imunofluorescência significativamente maior de IgM (p= 0,03) e de outros imunocomplexos (p= 0,01) em biópsias gengivais em LES+ do que em LES-. A prevalência, extensão e severidade de doença periodontal são maiores em pacientes LES- do que em LES+; não há diferença na prevalência de pacientes com gengivite e periodontite e, na perda óssea observada radiograficamente observada em pacientes com LES+ e LES-; há correlação entre consumo de baixas doses diárias de prednisona e perda de inserção clínica ≤ 3. Os resultados obtidos sugerem que as condições periodontais de pacientes LES+ são melhores do que àquelas observadas em pacientes LES-, provavelmente devido ao uso contínuo de imunossupressores. A maior deposição de complexos antígeno-anticorpo no tecido gengival em pacientes LES+, sugere que biópsias gengivais podem ser consideradas no diagnóstico complementar de LES. (Apoio: CAPES N° 001)