Facetas oclusais de cerâmicas de matriz resinosa: efeito da espessura na desadaptação, confiabilidade e distribuição de tensão
Ruggiero MM, Gomes RS, Bergamo E, Freitas MIM, Bonfante EA, Cury AAB
Prótese e Periodontia - FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE PIRACICABA
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O estudo avaliou a influência de materiais cerâmicos de matriz resinosa e espessura na desadaptação, confiabilidade e distribuição de tensão de facetas oclusais (FO). Cento e vinte e seis FO foram fresadas em CAD/CAM e divididos de acordo com o material (resina nanocerâmica (RNC) e cerâmica infiltrada por polímero (CIP)) e espessura (0,5, 1,0 e 1,5 mm), totalizando seis grupos (RNC0.5, RNC1, RNC1.5, CIP0.5, CIP1 e CIP1.5). A desadaptação (n=10/grupo) foi avaliada quanto ao gap marginal (GM) e discrepância marginal absoluta (DMA) por µCT. Os dados foram analisados por análise de variância de dois critérios e teste de Tukey (α=0,05). O teste de fadiga acelerada progressiva (n=21/grupo) foi realizado, e as curvas de probabilidade de Weibull e confiabilidade foram calculadas e plotadas (IC 90%). A análise de elementos finitos avaliou a distribuição de tensão de acordo com o critério de máxima tensão principal (σmax) na restauração e máxima tensão de cisalhamento (τmax) no cimento. Não houve diferença no GM e DMA entre todos os grupos. A confiabilidade para a missão estimada em 600 N foi significativamente menor para CIP1.5 comparado a RNC1 e RNC1.5. Além disso, a confiabilidade diminuiu na carga de 200 para 400 N e de 400 para 600 N para todos os grupos, exceto RNC1 e RNC1.5. Os valores de σmax foram maiores para os grupos de CIP do que para RNC e os grupos de 0,5 mm concentraram mais tensão do que os grupos de 1,0 e 1,5 mm. Ambos materiais cerâmicos de matriz resinosa apresentaram resultados promissores quando usados como facetas oclusais devido à sua excelente adaptação e confiabilidade. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2018/21317-6 | FAPs - Fapesp N° 2012/19078-7 | CAPES N° 001)