Efeitos de formulações probióticas em gellan gum sobre o crescimento e cariogenicidade de Streptococcus mutans
Garcia MT, Alvarenga JA, Barros PP, Ribeiro FC, Rossoni RD, Shukla A, Mylonakis E, Junqueira JC
Ict - INSTITUTO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA / ICT-UNESP-SJC
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O uso de cepas probióticas como método de prevenção para a cárie dentária tem demonstrado resultados promissores, tornando-se necessário o desenvolvimento de formulações para uso na cavidade bucal. O objetivo desse estudo foi avaliar os efeitos de formulações probióticas em gellan gum sobre o crescimento e cariogenicidade de Streptococcus mutans. As formulações probióticas foram preparadas pelo encapsulamento de Lactobacillus paracasei 28.4 em diferentes concentrações de gellan (0,5, 0,75 e 1% w/v). Os efeitos dessas formulações foram avaliados sobre culturas planctônicas de cepas padrão e clínicas de S. mutans. A seguir, a formulação 1% foi testada em biofilmes de S. mutans, avaliando-se contagem de UFC/mL, biomassa por absorbância do cristal violeta, produção de polissacarídeos extracelulares por método sulfúrico-antrona e expressão de genes de virulência por PCR-real time. Todas as formulações probióticas levaram à eliminação total do crescimento planctônico de S. mutans. A formulação probiótica 1% reduziu a viabilidade celular e biomassa dos biofilmes com diferenças estatisticamente significativas em relação ao grupo controle não tratado (p<0.0001). Os biofilmes tratados com formulação probiótica produziram 25,44 μg/mL de polissacarídeos extracelulares, enquanto os biofilmes não tratados produziram 103.66 μg/mL. A formulação probiótica também inibiu a expressão dos genes brpA gbpB, brpA, luxS de S. mutans Concluiu-se que formulações de L. paracasei 28.4 em gellan gum apresentam potencial para serem usadas na prevenção da cárie dentária (Apoio: FAPESP N° 2017/15529-8)COL005 - Prêmio Colgate Odontologia Preventiva
Área:
4 - Odontopediatria
Experiência de cárie da primeira infância de crianças de famílias que vivem abaixo da linha de pobreza
Carrada CF, Tavares MC, Corrêa NMO, Paiva SM, Mattos FF, Moura RNV, Ribeiro RA, Drummond AMA
Odontopediatria e Ortodontia - UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O objetivo do estudo foi avaliar o papel da pobreza na ocorrência da cárie da primeira infância em crianças do Vale do Jequitinhonha, MG, Brasil. Participaram desse estudo transversal de base populacional 418 crianças de um a seis anos, matriculadas em seis Centros Municipais de Educação Infantil e suas mães/cuidadoras. O exame intrabucal das crianças avaliou a experiência de cárie dentária (ceo-d). As mães/cuidadoras responderam a um questionário com informações sociodemográficas. A análise dos dados incluiu teste Qui-quadrado, análise de Regressão Logística Multivariada e teste Mann-Whitney (p<0,05). As variáveis que determinaram o incremento da chance das crianças apresentarem cárie da primeira infância foram: faixa etária de 5/6 anos (OR: 5,60; 95% IC: 2,60-12,04) e famílias abaixo da linha de pobreza (OR: 1,88; 95% IC: 1,04-3,38). A variável determinante para diminuir a chance dos filhos terem cárie da primeira infância foi: mães terem mais de 12 anos de escolaridade (OR: 0,36; 95% IC: 0,14-0,36). Crianças de famílias abaixo da linha da pobreza apresentaram médias mais altas de experiência de cárie dentária (2,94 +3,89; p=0.001) e de cárie não tratada (2,71 +3,75; p=0,002) em comparação com crianças de famílias acima da linha da pobreza. Conclui-se que a experiência de cárie nestas crianças está fortemente relacionada à pobreza, uma vez a renda das famílias e a escolaridade materna foram determinantes para a ocorrência da cárie na primeira infância. (Apoio: CNPq | CAPES)COL006 - Prêmio Colgate Odontologia Preventiva
Área:
4 - Odontopediatria
Diamino Fluoreto de Prata vs. Verniz fluoretado: Qual a melhor opção para lesões de cárie não francamente cavitadas em molares decíduos?
Viganó MEF, Ferreira FR, Haibara KN, Tedesco TK, Floriano I, Corrêa MSNP, Mendes FM, Braga MM
Odontopediatria - UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - SÃO PAULO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo avaliou se o Diamino Fluoreto de Prata (DFP) é uma opção eficaz ao uso do verniz fluoretado no tratamento de lesões de cárie não francamente cavitadas na superfície oclusal de molares decíduos. Crianças (n=109), de 1 a 4 anos, com lesões de cárie escores ICDAS de 1 a 3 ativas na superfície oclusal do molar decíduo foram randomizadas quanto ao tratamento: DFP ou verniz fluoretado (CEP-FOUSP 944.742/NCT02789202), e acompanhadas por 2 anos. O desfecho considerado foi a progressão para lesões de cárie francamente cavitadas (escores ICDAS 5 e 6). As análises foram realizadas por Intenção de Tratar. Realizou-se regressão logística multinível para verificar a associação entre o desfecho e o tratamento adotado e regressão de Cox, com fragilidade compartilhada, para comparação dos grupos quanto ao tempo até a ocorrência do desfecho. Inicialmente, 305 molares foram incluídos. Após 2 anos, 239 superfícies foram reavaliadas. Quando ajustada pela severidade da lesão (iniciais vs. moderadas), o DFP (91%) evitou mais a progressão das lesões que o verniz (81%) (Odds Ratio=0,29; 95%IC: 0,10 a 0,91, p=0,03). O mesmo foi comprovado na taxa de sobrevida, sendo que as lesões demoraram em média, mais tempo para progredir no grupo do DFP (Hazard Ratio=8,8;95%IC=4.3 a 18.0). Para lesões microcavitadas, a diferença entre os grupos, quanto ao controle das lesões, tendeu a ser mais acentuada (DFP:70%, verniz:41%). Concluimos que o DFP é mais eficaz que o verniz fluoretado no controle de lesões de cárie e seu efeito deve ser especialmente destacado no controle de lesões microcavitadas. (Apoio: CAPES | FAPESP N° 50716-0)