A exposição ao etanol no padrão "binge" afeta a qualidade óssea e aumenta a perda óssea alveolar na periodontite experimental induzida
Frazão DR, Maia CSF, Souza-Monteiro D, Ferreira RO, Collares FM, Rosing CK, Martins MD, Lima RR
Odontologia - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
Este estudo objetivou investigar as alterações promovidas pelo consumo intenso e episódico de etanol (padrão "binge") associado a um modelo de periodontite experimental. Para isso, 32 ratos Wistar foram randomicamente alocados em 4 grupos: controle, etanol (3g/kg/dia), periodontite experimental, e etanol mais periodontite experimental. A intoxicação por etanol foi feita por 3 dias seguidos por semana, durante 4 semanas, por gavagem orointragástrica, de acordo com o padrão "binge". No 14º dia foi inserida uma ligadura ao redor do primeiro molar inferior nos grupos com periodontite experimental. No 28º dia, os animais foram eutanasiados e as mandíbulas coletadas para análises em microtomografia computadorizada (micro-CT) para avaliar perda óssea alveolar e qualidade óssea. A análise estatística foi realizada via ANOVA, com pós teste de Tukey (p<0,05). Os resultados revelaram que a perda óssea em altura induzida pela ligadura foi maior quando associada ao consumo de etanol. Além disso, tanto o "binge drinking" per se quanto associado ao modelo de periodontite experimental alteraram a qualidade óssea alveolar, demonstrando redução de espessura trabecular, número de trabéculas e densidade óssea. Em conclusão, o consumo intenso e episódico de etanol alterou a qualidade óssea alveolar, o que pode ser considerado um fator associado a perda óssea no modelo de periodontite experimental induzida por ligadura.AO0143 - Apresentação Oral
Área:
1 - Biologia craniofacial
Participação das vias de sinalização Hedgehog e Notch na diferenciação osteoblástica
Adolpho LF, Souza PG, Lopes HB, Souza ATP, Weffort D, Fernandes RR, Rosa AL, Beloti MM
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO - RIBEIRÃO PRETO
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
A modulação da sinalização celular envolvida na osteogênese auxilia no estudo da biologia óssea. A purmorfamina (agonista) e a ciclopamina (antagonista) são drogas que atuam na via Hedgehog, e o bexaroteno (agonista) e o DAPT (antagonista) têm efeito sobre a via Notch. O objetivo deste estudo foi determinar in vitro, as concentrações dos agonistas e antagonistas das vias Hedgehog e Notch, com maior eficácia na regulação da diferenciação osteoblástica. Para isso, células osteoblásticas de calvária de ratos recém-nascidos foram cultivadas em meio osteogênico suplementado com 3 concentrações de cada droga, purmorfamina (0,5, 1 e 2 µM), ciclopamina (10, 100 e 1000 nM), bexaroteno (0,1, 0,5 e 1 µM) e DAPT (10, 15 e 20 µM), ou veículo (dimetilsulfóxido), como controle. Foram avaliadas a atividade de fosfatase alcalina (ALP) por Fast red, aos 7 dias, e a formação de matriz mineralizada por vermelho de Alizarina, aos 17 dias e os dados foram submetidos à ANOVA (p<0,05, n=6). As concentrações que induziram maiores e menores atividade de ALP e formação de matriz mineralizada foram: 2 µM para purmorfamina e 1000 nM para ciclopamina, respectivamente, e 20 µM para DAPT e 0,1 µM para bexaroteno, respectivamente. Esses resultados indicam que, em doses adequadas, o agonista da via Hedgehog e o antagonista da via Notch favorecem, enquanto o antagonista da via Hedgehog e o agonista da via Notch inibem a diferenciação osteoblástica e, portanto, comprovam a participação dessas vias nesse processo de diferenciação, sendo ferramentas úteis para investigar a regulação da osteogênese. (Apoio: FAPs - Fapesp N° 2019/15531-8 | FAPs - Fapesp N° 2019/100760)AO0145 - Apresentação Oral
Área:
1 - Biologia craniofacial
Exposição ao fluoreto de sódio durante gestação e lactação promove alterações bioquímicas e comportamentais no cerebelo da prole
Aragão WAB, Ferreira MKM, Bittencourt LO, Lopes GO, Dionizio A, Buzalaf MAR, Lima RR
Instituto de Ciências Biológicas - UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
Conflito de interesse: Não há conflito de interesse
O fluoreto de sódio (NaF) é um composto adicionado à água de abastecimento para prevenção de cárie dentária, porém seus efeitos após administração prolongada podem causar alterações no sistema nervoso central. Dessa forma, este estudo investigou os efeitos do NaF sobre o comportamento motor e na bioquímica oxidativa do cerebelo da prole. Ratas Wistar foram divididas em grupo controle (água destilada) e em grupos com doses de áreas de fluoretação artificial (10mg/L) e de áreas de fluorose endêmica (50mg/L). O período de exposição consistiu em 21 dias de gestação e 21 dias de lactação. Após isso, foram realizados os testes comportamentais do campo aberto e plano inclinado para avaliar a capacidade motora e equilíbrio. Após a eutanásia, os cerebelos foram avaliados nos parâmetros bioquímicos de peroxidação lipídica (LPO) e capacidade antioxidante contra radicais peroxil (ACAP). Foi utilizado o teste ANOVA de uma via com nível α 0,05. O teste do campo aberto mostrou uma redução da distância total percorrida (10 mg/L: p=0,0002; 50mg/L: p<0,0001) e da distância percorrida no centro (10 mg/L: p=0,0227; 50mg/L: p=0,0050). O teste do plano inclinado mostrou uma redução do ângulo de queda (10 mg/L: p=0,0167; 50mg/L: p<0,0001) e do tempo de queda (10 mg/L: p=0,0081; 50mg/L: p<0,0001). Ademais, houve um aumento da LPO (10 mg/L: p=0,0003; 50mg/L: p=0,0018) e redução da ACAP (10 mg/L: p=0,0019; 50mg/L: p<0,0001). A exposição ao NaF durante a gestação e lactação promove estresse oxidativo no cerebelo da prole contribuindo para alterações na função motora e no equilíbrio.